Dependemos de nós próprios
N ão há maior vantagem na vida, em tudo na vida, do que dependermos de nós próprios para atingir os objetivos a que nos propomos. Quer dizer, se formos fracos de espírito, descrentes nas nossas possibilidades, com fraca qualidade, então é melhor depender de terceiros. Do divino e dos milagres, de preferência. Dessa forma, podemos não chegar onde queremos, mas não temos de assumir a responsabilidade de ser ambiciosos. O que vier, virá!
Ora, no FC do Porto, a regra é depender de nós próprios até naquilo que parece impossível. Por exemplo, a dimensão europeia não se decreta, nem se pede por favor. Em televisões que transmitiram a cores, foi possível ver vitórias sem igual entre os clubes portugueses, vitórias feitas de querer, de quem sabe que todos os jogos começam zero a zero. Estamos num ponto em dependemos de nós próprios para vencer o campeonato, bastando fazer os mesmos resultados que o Benfica e vencê-los no Dragão quando cá vierem na segunda volta. Dependemos de nós próprios para vencer a Taça de Portugal e a Taça da Liga e até dependemos de nós próprios, se vencermos de forma clara o Young Boys e o Feyenoord, na Liga Europa.
Depender de nós próprios implica, no entanto, trabalho a dobrar. Temos de ser capazes de dar o máximo e o melhor que temos, única forma de superar os imponderáveis. Só assim se vence a má sorte, que uma ou outra vez nos acontece, ou a má vontade e batota de terceiros. Mas, se nos convencermos que nada supera a ambição de querer ser campeão com a camisola do FC do Porto, então saberemos que ganhar depende mesmo de cada um e de todos dentro de campo. É bom que os jogadores, depois de mais esta paragem para representarem as seleções, recomecem com a certeza de que já não há espaço para mais erros. É chegado o momento de fazer história e só fica na história quem é capaz de ganhar, ganhar e ganhar!
É bom que os jogadores, depois de mais esta paragem recomecem com a certeza de que já não há espaço para mais erros