“Não queremos ter um déjà-vu”
Pivôs alinham na vontade de prosseguir na Champions e querem reconquistar o campeonato
Tiago Rocha lembra os jogos com o Benfica em 2019 que custaram o tricampeonato aos leões e pede concentração até final. O jogador até analisa algumas diferenças entre Thierry Anti e Hugo Canela
Sporting e FC Porto lideramo campeonato com 56 pontos, mais sete do que o Benfica, mas, aprendida a lição de 2019, a vontade é manter o foco até final. “Não queremos ter um ‘déjà-vu’. Chegámos ao Natal muito bem no ano passado, mas tivemos dois jogos maus contra o Benfica. Agora empatámos no Dragão e receberemos o FC Porto. Sabemos que, se ganharmos todos os jogos, seremos campeões. No Sporting, só pensamos em ir longe na Champions e vencer o campeonato e a Taça de Portugal. Não podem existir relaxamentos, independentemente do cansaço que possa acontecer”, atira Tiago Rocha, ele que afirma a vontade de “conquistar muitos troféus”, apesar de saber que os sete campeonatos do FC Porto “são difíceis de igualar.” Frade, por sua vez, desvaloriza o cansaço da última Champions, mantendo ainda o Benfica na luta pelo campeonato:“Em dois ou três jogos, quem está em cima pode vir abaixo.
Sim, é verdade que a Champions exige mais, com jogos à quarta-feira e ao sábado, mas as lesões foram, maioritariamente, má sorte e não nos desculpamos com isso.”
Os verdes e brancos falharam o tricampeonato e querem reconquistar o topo nacional. Ainda assim, voltaram a passar a fase de grupos da Liga dos Campeões e o sonho continua para o play-off de acesso aos oitavos de final, com o Dínamo Bucareste. “Todos os jogadores pensavam que tínhamos de passar a fase de grupos. Claro
“A Champions exige mais, mas as lesões foram má sorte”
Luís Frade
Pivô do Sporting
“Empatámos no Dragão. Ganhando todos os jogos, seremos campeões”
Tiago Rocha
Pivô do Sporting
que podemos seguir em frente. Queremos ter um resultado confortável em casa, mas o ano passado também fomos lá brilhar, num ambiente hostil”, recorda Frade, passando a bola a Tiago Rocha quantoà ambição de uma meia-final europeia. “Posso dizer que competir na Champions foi um dos motivos que me fizeram voltar a Portugal. Estamos no caminho certo, Portugal está a crescer, mas ir a uma meia-final ainda é difícil para uma equipa portuguesa”, admite.
Os segundas-linhas consideram que a qualidade dos jogadores e a união são armas leoninas, mas, entre sorrisos, revelam que se irritam coma música que os sérvios da equipa teimam em pôr a tocar. Quanto ao novo treinador, Thierry Anti, Frade ficou com outro nome: “Chamou-me, num treino, Ludovic Fabregas [jogador francês do Barcelona]. Brinca comigo com isso, dizendo que a partir do momento em que cortei o cabelo me tornei jogador profissional[ risos ].” A única barreira com o técnico francês era a língua, mas o inglês é dominado pelo plantel. Tiago Rocha, a terminar, compara-o ao ex-treinador, Hugo Canela: “O Anti é mais rígido e usa métodos distintos, mas é fácil comunicar com ele.”