“Se foi possível em 2016 por que não em 2020?”
Ricardo Pereira admite que agora as seleções adversárias vão olhar para Portugal de outra forma, reconhece as dificuldades num grupo com França e Alemanha, mas está confiante
Otimista, o lateral vê o Campeonato da Europa ao alcance da Seleção. Titular nos dois últimos jogos, acredita que pode marcar presença na fase final do Euro’2020
Ricardo Pereira quer muito estar na fase final do Campeonato da Europa de 2020 para ajudar Portugal a tentar repetir o êxito de 2016.
O que se pode esperar de Portugal no Campeonato da Europa?
—Pode-se esperar um bom desempenho, porque temos uma equipa com bastante qualidade. Já conhecemos dois dos três adversários e sabemos que são duas seleções poderosas, mas isso é apenas um detalhe, porque hoje em dia todos os adversários são difíceis, mesmo as equipas mais pequenas.
De certeza que não é daqueles pessimistas que pensam que mais vale ficar em casa...
—Claro que não. A seleção já demonstrou que não interessa o nome dos adversários e que joga sempre para ganhar. Tenho a certeza de que no Europeu de 2020 não vai ser diferente.
Acredita que é possível repetir o êxito de 2016?
—Claro que sim. Se não acreditarmos nisso então sim, não vale a pena ir ao Europeu. Temos
de ter confiança e acreditar que, se foi possível uma vez, porque não uma segunda? Sabemos que será ainda mais difícil e que será um desafio ainda maior, ainda para mais sendo Portugal o campeão em título. As outras seleções vão olhar para nós de uma maneira diferente, mas é mais desafio para nós e vamos fazer tudo para sermos bem sucedidos.
Acredita que vai estar no Euro’2020?
—Esse é um dos meus objetivos, sem dúvida. O meu objetivo é ajudar o Leicester e fazer boas exibições para depois estar no Europeu.
A seleção tem muitos e bons laterais-direitos. Como vai ser essa luta?
—Felizmente, temos muitos e bons jogadores para essa posição e vai ser uma luta renhida. Vai ser uma dor de cabeça para o selecionador. Vou tentar fazer o meu melhor, assim como eles. Da minha parte espero que todos os jogadores portugueses sejam bem sucedidos.
E para si, será uma dor de barriga quando chegar a hora da convocatória final para o Europeu?
—Dor de barriga não (risos). Tenho é de fazer o meu trabalho todos os dias. No final da época, cabe ao selecionador escolher quem está melhor. Desde que eu faça o meu trabalho estarei de consciência tranquila.
Nos últimos tempos tem sido titular na seleção. Temeu não voltar tão cedo depois da exibição com o Uruguai, no Mundial’2018?
—Voltei à Seleção e tive a oportunidade de mostraras minhas qualidades tanto nos treinos
“Temos muitos e bons laterais-direitos. Vai ser uma dor de cabeça para o selecionador”
como nestes últimos dois jogos. Voltei a sentir essa proximidade na Seleção, mostrando aquilo que tenho feito diariamente no Leicester.
Mas sente que ficou marcado pela exibição com o Uruguai?
—Tanto não fiquei marcado que voltei. Se tivesse ficado marcado, se calhar não teria voltado. Esse jogo com o Uruguai foi uma situação nova para mim, porque nunca tinha jogado oficialmente pela seleção. Claro que estávamos a defrontar um bom adversário, mas tentei dar o meu melhor. Uma pessoa pensa sempre no que poderia ter feito mais e tenta sempre aprender, mas faz parte do passado.