“Este clube surpreendeu-me”
Médio brasileiro garante que o acesso às competições europeias não é uma obsessão para a presente época, mas acredita que, na próxima temporada, esse objetivo pode ser alcançado pelo Boavista
Paulinho chegou a Portugal em 2017, representou a equipa B e os sub-23 do Sporting, mas só agora chegou à I Liga, pela porta do Bessa. Feliz no Boavista, acredita que o clube tem todas as condições para chegar longe. Agora, aproveitando a paragem do campeonato, aceitou o repto de O JOGO e deu a primeira grande entrevista desde que chegou a Portugal. As contingênciasprovocadas pelaCovid-19,e que obrigam todos a um período de quarentena, fazem com que esta seja uma entrevista diferente, por email. Das perguntas enviadas ao médio, nem uma foi cortada, nem uma ficou sem resposta. Sem filtros.
Como surgiu a oportunidade de assinar pelo Boavista?
—No fim do contrato com o Sporting, apareceram algumas equipas com interesse em contratar-me e uma delas foi o Boavista. Analisei a proposta juntamente com a minha família e chegámos a um acordo que o Boavista seria importante para o crescimento da minha carreira no futebol.
O Boavista surpreendeu-o positiva ou negativamente?
—Positivamente. É um clube grande, comum ahistó riam ui tobacana,comos adeptos apaixonados pelo clube, eissoé muito legal.
Como foi trabalhar com Lito Vidigal?
—Trabalhar como Li to foi uma experiência muito boa, aprendi e evoluí muito profissionalmente com ele e estou muito grato por ele ter apostado em mim.
E como é trabalhar com Daniel Ramos?
—É bom. É um bom míster, com características de jogo diferentes. Estou a evoluir e a aprender também com ele.
Há muitas diferenças entre os dois treinadores ?
—Algumas, cada um tem a sua forma de trabalhar.
Qual é o melhor sistema para as suas características: 3x5x3, 4x2x3x1 ou 4x3x3?
—Identifico-me melhor a jogar em 4x2x3x1 e 4x3x3.
Costuma marcar golos em todas as épocas, mas, na atual, ainda não o fez pelo Boavista. O que tem faltado?
—Em todos os clubes por onde passei marquei golos, no Boavista ainda não marquei, mas penso que, para marcar, é só uma questão de tempo.
O que tem faltado ao Boavista para ser mais consistente?
—Acredito que minimizar os erros vai fazer com que sejamos mais consistentes nos jogos.
A luta pelos lugares europeus continua a ser um objetivo?
—Nunca foi um objetivo declarado. Temos pensado jogo a jogo, com foco nos três pontos e em dar tudo nos 90 minutos. Vamos continuar com esse pensamento.
Assinou até 2022, acredita que ainda vai jogar nas competições europeias com a camisola do Boavista?
—Acredito que sim. Temos de ir crescendo. Com pé no chão, mas com positivismo e muito trabalho.
“Chegámos a um acordo que o Boavista seria importante para o crescimento da minha carreira no futebol”