O Jogo

VARANDAS ESTÁ À ESPERA DE ORDENS

Presidente leonino aguarda indicações do Brigadeiro-General João Jácome de Castro para prestar apoio médico na zona de Lisboa, conforme a vontade expressa

- RUI MIGUEL GOMES

Dirigente máximo dos leões já frequentou uma ação de formação sobre o Covid-19 para médicos no hospital das Forças Armadas, na capital lusa, e deverá ser colocado no início da próxima semana

Frederico Varandas, presidente do Sporting, está à espera de indicações do Diretor de Saúde Militar do Estado Maior das Forças Armadas (EMGFA ), no caso o Brigadeiro-General João Jácome de Castro, para saber onde poderá, conforme o desejo expresso pelo próprio – antecipand­o o que a Lei da Defesa Nacional impõe no que diz respeito ao regresso ao ativo dos militares com licença sem vencimento, ou na reserva,num contexto em que é declarado o estado de emergência –, em exercer medicina após o decretado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no decurso da semana que agora termina.

O líder leonino teve oportunida­de de contactar o Brigadeiro-General João de Castro telefonica­mente, dando conta da sua intenção em voltar a servir o país – ele que em 2008 foi médico oficial do exército português destacado para o Afeganistã­o –, sentiu anuência do responsáve­l militar, a quem pediu a reintegraç­ão imediata, não no exército, mas em funções nas quais pudesse lidar diretament­e com pacientes no contexto epidémico que o país vive.

Acolhido o contributo imediato de Frederico Varandas – de conhecimen­to do Almirante Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas – o dirigente máximo do emblema de Alvaladepa­rticipou anteontem numa ação de formação específica para médicos sobre o Covid-19 que decorreu no hospital das Forças Armadas, em Lisboa. Agora, Frederico Varandas, que suspendeu a sua ligação ao Exército em 2013, ficando então com licença sem vencimento – por ter sido eleito nas eleições autárquica­s para ser deputado da Assembleia da Junta de Freguesia de Odivelas, cargo não executivo e não remunerado, em 2013 e 2017 –, aguarda que seja destacado para um local onde possa prestar apoio direto às populações, pelo menos é essa a sua intenção. Tal só deverá ser conhecido no início da próxima semana, ainda que tudo aponte para unidades de saúde ou hospitais na região de Lisboa, uma das zonas em que o novo coronavíru­s tem maior impacto a nível nacional. Diga-se que o artigo 33.º da Lei de Defesa Nacional, no número 6, diz que “a licença especial caduca, determinan­do o regresso do mi li taràefetiv idade de serviço ”, entre, outras alíneas, “com a declaração de guerra, de estado de sítio e do estado de emergência”.

“Pelas gerações dos nossos pais e avós, mas também por esta geração que não pode crescer num país sufocado noutra grave crise económica. [...] Já servi o país, hoje vou voltar a fazêlo enquanto o estado de emergência durar... e voltarei sempre”

Frederico Varandas Presidente do Sporting no Instagram

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Licença especial caduca com estado de emergência, mas Varandas pediu integração imediata

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