O Jogo

Oficial: águias abdicam da OPA

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- VÍTOR RODRIGUES

Em comunicado, a SGPS defende-se com a pandemia e aguarda autorizaçã­o

Em comunicado, a SAD explica os contornos do financiame­nto da SGPS e ainda garante que vai cortar nos custos do futebol, com “uma análise mais cuidada” aos negócios que estavam planificad­os

Poucas horas depois de ter recebido a proposta de indeferime­nto da Operação Pública de Aquisição (OPA) que a SGPS do Benfica havia lançado sobre as ações da SAD encarnada, os dirigentes da Luz arrepiaram campinho e avançaram para um decisão que, como O JOGO noticiou oportuname­nte, estava a ser avaliada. Em comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliário­s (CMVM), os responsáve­is benfiquist­as revelaram o pedido de revogação da OPA à mesma entidade e, em paralelo, anunciaram que vão cortar nos custos do futebol e avaliar com maior cuidado o investimen­to planificad­o.

A reavaliaçã­o de prioridade­s surge nas consideraç­ões finais do documento, nas quais os dirigentes da SAD destacam a “previsível redução de custos e despesas não indispensá­veis” ao desenvolvi­mento da sua atividade e “a ponderação acrescidam­ente cuidada de todos os investimen­tos que estavam projetados”. “Assim sendo, as transações de atletas serão analisadas muito cuidadosam­ente, tendo em vista promover e preservar na maior medida possível os ativos essenciais da Benfica SAD e assegurar a sua sustentabi­lidade”, pode ler-se no comunicado das águias.

Esta mudança de rumo deves eà incerteza provocada pela pandemia atual, sendo esta também apontada como explicação para a decisão de revogação da OPA, que ficará agora a aguardar aceitação da CMVM. “A revogação da oferta já vinha sendo discutida com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliário­s desde que se tornou do conhecimen­to público, no dia 12 de março de 2020, a suspensão do campeonato”, explicam, argumentan­do que a decisão resulta da “alteração das circunstân­cias determinad­as pela pandemia associada ao novo Coronavíru­s – COVID19 e os impactos da mesma, diretos e indiretos”, acrescenta­m.

Resposta à CMVM

Na mesma comunicaçã­o, é dada a garantia de que a Benfica SGPS “se pronunciar­á em sede de audiência prévia acerca do projeto de indeferime­nto do pedido de registo de oferta” pela CMVM , reiterando “a plena conformida­de da oferta”, com a própria SAD a adiantar-se na argumentaç­ão. Em onze pontos, são explicados os contornos no financiame­nto da OPA que motivou o chumbo da véspera, nomeadamen­te sendo explicada a renegociaç­ão do contrato de utilização­do estádio, num novo a cordoem que aSA D acordou pagar 94,5 milhões de euros pelo aluguer até 2041, tendo tido um desconto de 32,5 milhões pelo pagamento antecipado e um abatimento de mais 32,9 que a Benfica Estádio, agora dependente da SGPS, devia à SAD. Sobraram, segundo estas contas, 29 milhões que suportaria­m quase na totalidade os 32,3 milhões previstos na OPA para compra das ações na posse de investidor­es externos ao Grupo Benfica.

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