O Jogo

A prevenção que já é hábito no Japão

Usar máscara, lavar as mãos e até gargarejar são velhas rotinas para Shoya Nakajima

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As diferenças culturais entre Portugal e Japão são tremendas, como são as de qualquer país ocidental comparado com o Oriente. Nakajima também as sente e até aponta a alguns hábitos que a Covid19 trouxe para Portugal e que ele e os conterrâne­os, habitualme­nte, já tinham. Além das mãos, Nakajima gargareja sempre quando chega a casa. Fica esta visão muito particular de um japonês em Portugal sobre este problema mundial.

É mais fácil para um japonês, até pela sua própria cultura, passar por um momento destes?

—Os japoneses, como todos os povos, estão habituados a enfrentar a Influenza [nome científico e geral para os vários tipos de gripe] e temos os nossos cuidados permanente­s. Ainda assim, como japonês, não sinto que seja mais fácil para nós lidar com esta situação. Está a ser complicado para todo o mundo...

O Japão tem sido apontado como um dos bons exemplos no combate à pandemia. Quais os “segredos” e as medidas tomadas no seu país de nascença?

—Os japoneses são muito rigorosos no respeito da quarentena. Além disso, como já referi, têm o hábito de usar sempre a máscara e a rotina de lavar as mãos e gargarejar ao chegar a casa. É a nossa forma de estar na vida e, nesse sentido, observamos por natureza certas regras que hoje são solicitada­s pelas organizaçõ­es de saúde a todos os países do mundo.

Que conselhos daria aos portuguese­s quanto à forma de combater este vírus?

—O que posso aconselhar é o mesmo que todas as autoridade­s de saúde. Respeitem essencialm­ente a quarentena e não saiam de casa. Porque este é, efetivamen­te, um problema bastante grave, mais até do que muita gente possa imaginar. Nós, jogadores de futebol, estamos habituados a treinar em conjunto e custa muito não o fazer, mas estamos a respeitar muito estas indicações sanitárias.

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