COP aplaude e terá os apoios revistos
Constantino acha adiamento positivo; João Paulo Rebelo garante que nada faltará aos atletas
Como já tinha defendido que “era preferível perder os Jogos Olímpicos do que perder pessoas”, José Manuel Constantino mostrou-se satisfeito com a decisão do adiamento de Tóquio’2020 e ainda mais pelo facto de não ter sido preciso esperar um mês pela tomada de posição do COI, como tinha sido anunciado. “É positivo e corresponde ao apelo de um número significativo de organizações desportivas. É sobretudo positivo que não se tenha esperado pelas quatro semanas pela decisão”, reagiu o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), lembrando que existiam países “com fortes limitações ao treino e preparação.”
Agora, a criação de um quinto ano no ciclo olímpico, algo inédito, pode levar a uma redefinição das verbas dos programas de preparação, pois, caso contrário, estaria em causa a continuidade do financiamento a atletas que ainda não se apuraram. A situação já está minimamente acautelada, pois o contrato-programa de apoio à preparação atual, publicado em Diário da República em janeiro de 2018, previa já a disponibilização de uma verba de 3,5 milhões de euros para 2021 – a deste ano ronda os 5,4 milhões –, ainda que o objetivo fosse o de lançar já as bases para o ciclo de Paris’2024. Por isso, terá de haver adaptações e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, garantiu que os atletas das missões olímpica e paralímpica “podem estar descansados”. “Há a vontade de continuarmos a fazer o que estávamos a fazer, que era dar as melhores condições a todos, para termos uma representação que nos orgulhe nos Jogos”, sublinhou o governante, considerando o adiamento “uma boa notícia, no sentido de não ter demorado muito tempo”. “Estava a causar uma grande ansiedade ao movimento olímpico e paralímpico e, em particular, aos atletas”, notou.