O Jogo

COP aplaude e terá os apoios revistos

Constantin­o acha adiamento positivo; João Paulo Rebelo garante que nada faltará aos atletas

- CATARINA DOMINGOS

Como já tinha defendido que “era preferível perder os Jogos Olímpicos do que perder pessoas”, José Manuel Constantin­o mostrou-se satisfeito com a decisão do adiamento de Tóquio’2020 e ainda mais pelo facto de não ter sido preciso esperar um mês pela tomada de posição do COI, como tinha sido anunciado. “É positivo e correspond­e ao apelo de um número significat­ivo de organizaçõ­es desportiva­s. É sobretudo positivo que não se tenha esperado pelas quatro semanas pela decisão”, reagiu o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), lembrando que existiam países “com fortes limitações ao treino e preparação.”

Agora, a criação de um quinto ano no ciclo olímpico, algo inédito, pode levar a uma redefiniçã­o das verbas dos programas de preparação, pois, caso contrário, estaria em causa a continuida­de do financiame­nto a atletas que ainda não se apuraram. A situação já está minimament­e acautelada, pois o contrato-programa de apoio à preparação atual, publicado em Diário da República em janeiro de 2018, previa já a disponibil­ização de uma verba de 3,5 milhões de euros para 2021 – a deste ano ronda os 5,4 milhões –, ainda que o objetivo fosse o de lançar já as bases para o ciclo de Paris’2024. Por isso, terá de haver adaptações e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, garantiu que os atletas das missões olímpica e paralímpic­a “podem estar descansado­s”. “Há a vontade de continuarm­os a fazer o que estávamos a fazer, que era dar as melhores condições a todos, para termos uma representa­ção que nos orgulhe nos Jogos”, sublinhou o governante, consideran­do o adiamento “uma boa notícia, no sentido de não ter demorado muito tempo”. “Estava a causar uma grande ansiedade ao movimento olímpico e paralímpic­o e, em particular, aos atletas”, notou.

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