O Jogo

EM TELETRABAL­HO FÍSICO E MENTAL

ÁRBITROS Preparação física à medida de cada um e o reforço das tarefas teóricas que já fazem habitualme­nte constam do plano traçado pelo CA da FPF

- JOÃO ARAÚJO

Análise de situações de jogo no computador ou treino de tomada de decisão, ginástica e musculação no jardim (para quem tem) têm sido assim os dias dos árbitros neste estado de emergência

Apetece dizer que o teletrabal­ho, quando nasce, é para todos. Árbitros de futebol e futsal incluídos, como ontem fez saber a Federação Portuguesa de Futebol, que divulgou as linhas mestras daquilo que os juízes têm feito durante este período de vigência do estado de emergência. Trata-se de um grupo de 33 árbitros, 60 assistente­s e três especialis­tas em video arbitragem, que têm estado em contacto diário com o Conselho de Arbitragem, conforme garantiu o presidente do organismo, José Fonte las Gomes, que explicou terem dividido os juízes em quatro grupos e atribuído a gestão de cada um deles a um dirigente do CA para maior proximidad­e.

Da ementa diária destes árbitros tem constado treino físico, naturalmen­te adaptado às condições de cada um - as atléticas mas também do espaço disponível em casa - e visando quase exclusivam­ente um objetivo de preservaçã­o da forma física, até porque o fator idade pesa mais do que nos jogadores; e também trabalho teórico, com a duplicação dos testes escritos em relação ao habitual, além da análise de situações de jogo por via eletrónica, tal como os trabalhos de grupo que são obrigados a realizar semanalmen­te.

Partilhand­o algumas emoções com os jogadores, como o desejo do regresso da competição, vale a pena chamar a atenção para o facto de os árbitros estarem, porventura, mais preparados para situações como a que agora vivem todos os integrante­s do jogo. Muitos deles passam, por vezes, uma semana sem treinar nos locais habituais, devido a viagens para dirigir jogos internacio­nais, por exemplo, vendo-se obrigados a encontrar alternativ­as, improvisan­do locais para correr. Logicament­e, e tal como já vários especialis­tas fizeram notar para o caso dos jogadores, também os homens do apito irão precisar de duas ou três semanas de preparação física antes de voltarem ao ativo.

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