Curva portuguesa a aplanar é exemplo
Marcelo saiu “menos preocupado” de avaliação à evolução da pandemia e disse que o caso português já é acompanhado no estrangeiro
Presidente da República afirmou que a informação dos especialistas não prevê crescimento da evolução do coronavírus. Há nova reunião prevista daqui a uma semana, quando terminar Estado de Emergência
Enfim, uma centelha de otimismo. Marcelo Rebelo de Sousa esteve ontem rodeado das principais figuras da cena política nacional numa reunião no Infarmed, em Lisboa, para avaliar a evolução da pandemia do coronavírus em Portugal. À saída, o Presidente da República (PR) mostrou-se crente no aplanar da curva, a qual poderá ser exemplo para países que só agora tomam medidas restritivas face à Covid-19.
“Há razões para ter esperança, que é alimentada por esta contenção e por haver quem trabalhe por isso. Esse contributo inestimável faz com que o país, a economia e a sociedadefuncionem.Éumequilíbrio difícil, tal como era difícil que tanta gente que vê a vida de maneira tão diferente reme no mesmo sentido”, observou o chefe de Estado sobre a presença dos responsáveis de todas as forças políticas do país, salientando:“Queremosabreviar este desafio e fazer tudo para que haja o menor número de afetados. Saio menos preocupado por estarmos mais unidos, com mais informação e com os portugueses a fazerem com que a curva não seja a de outros países.”
Marcelo falou até de um exemplo provável. “Estive em contacto com o rei de Espanha e com o presidente italiano, que vivem situações muito diferentes. Noutros países do leste europeu, o surto começou mais tarde e olha-se para o caso português com interesse. Podeservirdeexemplo”,revelou.
Sobre abreviar e informar, Marcelo falou da perspetiva de 14 de abril como pico da pandemia, mas primeiro vincou que o número até aqui revelado de infetados, internados e falecidos é verdadeiro. “Os números têm adesão à realidade! Há a preocupação constante de verdade. O pico? Não é possível ter certeza, mas não vimos nenhuma razão da parte dos especialistas para falar em prolongamento do crescimento da evolução do vírus”, argumentou.
Por fim, o PR anunciou que haverá nova reunião a 2 de abril, dia em que se cumprem os 14 dias do Estado de Emergência decretado, após o qual se decidirá se as medidas restritivas em vigor se mantêm ou não.
“Queremos abreviar este desafio” “Os números revelados têm adesão à realidade” Marcelo Rebelo de Sousa Presidente da República