O Jogo

Curva portuguesa a aplanar é exemplo

Marcelo saiu “menos preocupado” de avaliação à evolução da pandemia e disse que o caso português já é acompanhad­o no estrangeir­o

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

Presidente da República afirmou que a informação dos especialis­tas não prevê cresciment­o da evolução do coronavíru­s. Há nova reunião prevista daqui a uma semana, quando terminar Estado de Emergência

Enfim, uma centelha de otimismo. Marcelo Rebelo de Sousa esteve ontem rodeado das principais figuras da cena política nacional numa reunião no Infarmed, em Lisboa, para avaliar a evolução da pandemia do coronavíru­s em Portugal. À saída, o Presidente da República (PR) mostrou-se crente no aplanar da curva, a qual poderá ser exemplo para países que só agora tomam medidas restritiva­s face à Covid-19.

“Há razões para ter esperança, que é alimentada por esta contenção e por haver quem trabalhe por isso. Esse contributo inestimáve­l faz com que o país, a economia e a sociedadef­uncionem.Éumequilíb­rio difícil, tal como era difícil que tanta gente que vê a vida de maneira tão diferente reme no mesmo sentido”, observou o chefe de Estado sobre a presença dos responsáve­is de todas as forças políticas do país, salientand­o:“Queremosab­reviar este desafio e fazer tudo para que haja o menor número de afetados. Saio menos preocupado por estarmos mais unidos, com mais informação e com os portuguese­s a fazerem com que a curva não seja a de outros países.”

Marcelo falou até de um exemplo provável. “Estive em contacto com o rei de Espanha e com o presidente italiano, que vivem situações muito diferentes. Noutros países do leste europeu, o surto começou mais tarde e olha-se para o caso português com interesse. Podeservir­deexemplo”,revelou.

Sobre abreviar e informar, Marcelo falou da perspetiva de 14 de abril como pico da pandemia, mas primeiro vincou que o número até aqui revelado de infetados, internados e falecidos é verdadeiro. “Os números têm adesão à realidade! Há a preocupaçã­o constante de verdade. O pico? Não é possível ter certeza, mas não vimos nenhuma razão da parte dos especialis­tas para falar em prolongame­nto do cresciment­o da evolução do vírus”, argumentou.

Por fim, o PR anunciou que haverá nova reunião a 2 de abril, dia em que se cumprem os 14 dias do Estado de Emergência decretado, após o qual se decidirá se as medidas restritiva­s em vigor se mantêm ou não.

“Queremos abreviar este desafio” “Os números revelados têm adesão à realidade” Marcelo Rebelo de Sousa Presidente da República

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Marcelo gosto de ver todas as forças políticas “a remar para o mesmo lado”

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