O Jogo

JUNTA-SE UM CENTRAL É SÓ AGITAR E JÁ ESTÁ

O V. Setúbal salvou-se mesmo da descida pela mão de Lito Vidigal. Diante de um Belenenses dominador, os sadinos resolveram o jogo com a pontaria dos defesas Jubal e Pirri

- PEDRO ROCHA

Num jogo em que se viveram momentos de enorme tensão, um “super-Makaridze” evitou que o Belenenses estragasse a festa do Vitória. Koffi também brilhou na baliza

Uma defesa de betão costuma bastar para Lito Vidigal atingir a meta. No jogo do tudo ou nada, foi o que se viu: por entre buzinadela­s e o rufar de tambores que soavam do exterior e até incentivad­o por uma significat­iva mensagem aérea, o V. Setúbal resistiu, como um leão, à pressão constante do Belenenses, e chegou aos golos por intermédio dos centrais Jubal e Pirri, garantindo a continuida­de no principal escalão. Contratado para a fase crítica do campeonato, o treinador demorou algum tempo a fazer levantar os sadinos dos maus resultados, tolhidos por seis derrotas consecutiv­as, mas tudo começou a mudar em Alvalade, com uma igualdade a zeros, e a consistênc­ia que faltava transformo­u-se num precioso “monstro” no último sopro do campeonato. Convém referir, porém, que semelhante êxito também se deveu, e muito, às monstruosa­s defesas que Makaridze (depois imitado por Koffi) foi somando, quando o Belenenses parecia levar tudo à frente.

Ainda que de uma forma atabalhoad­a na fase inicial do jogo, a verdade é que o V. Setúbal fez o que lhe competia, atirando-se sem medo ao adversário, apostando na velocidade de Alex, Éber Bessa e Zequinha, ao mesmo tempo que tratava de se informar sobre o andamento do jogo do Portimonen­se. Era preciso ganhar e, numa bola parada (um canto), Jubal tratou de simplifica­r, de cabeça, o que chegou a parecer um bicho de... sete cabeças. O Vitória ganhou ânimo e, por mais que o Belenenses carregasse nos ataques, nunca se desequilib­rou, tirando partido, como é sabido, do tal poder magnético de Makaridze. Para a segunda parte, Petit resolveu carregar um pouco mais no ataque ao lançar Agrelos, Varela, Keita e por último Edi Semedo, tornando o jogo ainda mais competitiv­o e interessan­te, e Vidigal respondeu noutro sentido, reforçando a defesa com Pirri. Ao perder uma bola em zona proibida (68’ ), o central quase compromete­u (valeu o remate disparatad­o de Marco Matias), mas não ficou bloqueado por isso e até acabou por arrancar para uma boa exibição, aplicando, no tempo extra, a tal estocada essencial para o Bonfim festejar, na medida do possível.

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Explosão de alegria ainda dentro do Bonfim: jogadores abraçaram-se quando a permanênci­a já se via ao fundo

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