O Jogo

Carlos Vinícius mais veloz a disparar do que Messi

Artilheiro do campeonato português com 18 golos, o avançado do Benfica conseguiu faturar, em média, a cada 99,1 minutos, enquanto o atacante do Barcelona precisou de 115,2

- PAULO NUNES TEIXEIRA

A cumprir a primeira temporada de águia ao peito, o esquerdino marcou mais vezes na Luz (11 ocasiões) do que fora de casa, sendo que a maior fatia dos tentos surgiu de pé esquerdo (12)

Aposta do Benfica para a temporada que está prestes a terminar, Carlos Vinícius afirmou-se no plantel e o golo apontado no dérbi com o Sportingpe­rmitiuaoav­ançadobras­ileiro ter o estatuto de artilheiro do campeonato. Foram 18 golos, os mesmos que Pizzi e Taremi (Rio Ave) que estiveram mais tempo em ação, critério que permitiu a distinção individual ao camisola 95.

Contratado ao Nápoles por 17 milhões de euros, Vinícius conseguiu superar o desempenho de outros melhores marcadores das cinco principais ligas europeias. Por exemplo, em Espanha, Messi apontou 25 golos pelo Barcelona, mas tendo em conta os 2880 minutos em campo, necessitou de 115,2 minutos, em média, para atirar para o fundo da baliza. Já Vinícius, apesar de ter menos sete tiros certeiros, foi utilizado 1784 minutos, ou seja, a cada 99,1 minutos, rendeu um golo.

Na Premier League, que e onontem chegou ao fim, foi Vardy quem superou a concorrênc­ia. O avançado do Leicester também marcou mais que o jogador dos encarnados com 23 golos, mas com um rácio de 131,9 minutos para faturar.

Com interferên­cia direta em seis dos 77 pontos amealhados pelo Benfica – Sporting, Vitória de Setúbal e Gil Vicente foram as vítimas neste particular –, Vinigol foi superado por Lewandowsk­i, rei dos tentos na Bundesliga e que marcou a cada 81,2 minutos (o polaco do Bayern totalizou 34 golos) e Mbappé. Até à suspensão da Ligue 1, o avançado do PSG precisou de 84,2 minutos para atirar a matar. Em Itália, Immobile lidera o ranking. O dianteiro da Lázio, com 34 golos, marca a cada 88,1 minutos.

Mais letal no Estádio da Luz, onde obrigou os guarda-redes adversário­s a retirarem a bola do fundo da baliza por 11 vezes, foi do pé esquerdo de Vinícius que saiu a maior fatia dos golos (12). Canhoto, apenas por três vezes conseguiu marcar de cabeça e com o pé direito.

O jogador, que tem por hábito celebrar os golos com uma pose de braços cruzados, já tinha representa­do Real Massamá e Rio Ave em Portugal, sendo que curiosamen­te das formações que garantiram apuramento para as competiçõe­s europeias, somentefic­ouembranco­anteos vila-condenses.

Apesar de não ter conseguido, no período da retoma, impor-se entre os titulares –alternou com Seferovic –, já bisou com o FC Porto, próximo adversário na final da Taça de Portugal. No Dragão, o avançado marcou por duas vezes na derrota por

3-2.

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