Descontos de arromba
Reviravolta épica com golos aos 90’ e 90’+3’ apura os franceses
AT. MADRID DE JOÃO FÉLIX, FELIPE E HERRERA DEFRONTA HOJE O LEIPZIG
Estádio da Luz, em Lisboa Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra)
ATALANTA Sportiello; Tolói, Caldara e Djimsiti (Palomino 60’); Hateboer, De Roon, Freuler e Gosens (Castagne 82’); Papu Gómez (Malinovskyi 59’), Zapata (Da Riva 82’) e Pasalic (Muriel 70’)
Treinador: Gian Piero Gasperini
PSG Keylor Navas (Sergio Rico 79’); Kehrer, Thiago Silva, Kimpembe e Bernat; Ander Herrera (Draxler 72’), Marquinhos e Gueye (Paredes 72’); Sarabia (Mbappé 60’), Icardi (Choupo-Moting 80’) e Neymar
Treinador: Thomas Tuchel
Golos: Pasalic (27’), Marquinhos e Choupo-Moting (90’+3’9
Cartões amarelos: Djimsiti (37’), Freuler
(45’+1’), De Roon (50’), Zapata (53’), Bernat (55’), Ander Herrera (57’), Tóloi (67’), Paredes (75’), Palomino (85’)
Vermelhos: nada a assinalar
O primeiro jogo dos quartos de final da final-8 da Liga dos Campeões, em Lisboa, apurou o Paris Saint-Germain – que vai defrontar o vencedor do RB Leipzig-At. Madrid –, depois de uma reviravolta e vitória, por 2-1, sobre a Atalanta, a equipa revelação da temporada. Tudo se decidiu num final emocionante, com o médio Marquinhos a empatar o jogo aos 90 minutos, quando os jogadores e o técnico do PSG já temiam novo fracasso nos quartos de final da Champions, e Choupo-Moting a ser o herói inesperado. O avançado, de 31 anos, marcou apenas o seu segundo golo na competição e novamente aos 90’+3’ – em 2014, garantira um triunfo (4-3) sobre o Sporting, ao serviço do Schalke. Com contrato válido até final do mês, depois de ter ampliado por dois meses o vínculo, o camaronês já fez por merecer os ordenados e pede mais.
A equipa de Gasperini – um anão financeiramente ao lado do gigante parisiense, que construiu um plantel de estrelas à base dos petrodólares do Catar – fez um bom jogo e quase tocou o céu. Igual a si mesma, a equipa de Bérgamo entrou em campo desinibida, a
jogar olhos nos olhos com o favorito PSG e sempre com pressão alta. Condicionou as saídas de bola do rival, mas consentiu alguns contra-ataques perigosos, quase todos desperdiçados por Neymar. Mas, a Atalanta também colocou Keylor Navas (sairia lesionado aos 79’) em sentido, nomeadamente aos 11 minutos. Todavia, o costa-riquenho nada pôde fazer para travar o remate vitorioso de Pasalic, após passe de Zapata.
A entrada para a última meia-hora revelou-se decisiva. Gasperini teve de substituir o capitão Papu Gómez, com queixas no joelho direito, que estava a ser fundamental na gestão dos ritmos de jogo e na posse de bola. Do lado contrário, Tuchel fez entrar Mbappé por Sarabia e foi como passar da noite para o dia.
A velocidade vertiginosa do francês rapidamente começou a pôr a defesa dos italianos em sentido e o empate só não chegou aos 74’ porque Sportiello, com a pontinha do pé, negou a Mbappé o golo. A pressão do PSG foi-se intensificando nos minutos finais, o recurso à falta pela Atalanta tornou-se frequente, mas esta não deixou de cair de pé e bem pode orgulhar-se de uma campanha fantástica e inesquecível para os adeptos de uma das cidades mais afetas pela covid-19.