O Jogo

Ney e Mbappé arrasam

- Manuel Queiroz

N ão há público, mas o dramatismo acompanha sempre a Liga dos Campeões e o PSG, que finalmente chegou às meias-finais. Esteve a perder durante uma hora, fez a reviravolt­a nos descontos com golos de Marquinhos e Choupo-Moting que ainda não tinham marcado nesta edição. É a primeira meia-final desde que o QSI (Qatar State Investment) tomou conta do clube e a segunda dos seus 50 anos de história - a maldição dos quartos de final que tinha acompanhad­o a equipa nos últimos anos foi ultrapassa­da. Ganhar a ‘Orelhuda’ é o grande objetivo, há muito, dos árabes, até porque campeonato­s nacionais foram sete nos últimos oito anos. Bérgamo foi uma das cidades italianas que mais sofreu com o covid e o clube gerou simpatia por isso e pela forma de jogar que se viu durante a época e ontem na primeira parte: domínio do jogo, pressão alta, a baliza

Neymar e Mbappé precisam um do outro em campo e isso viu-se ontem. E são pelo menos o terceiro e o quarto melhores do mundo

adversária na mira, golos. Mas na segunda parte não era possível aguentar esse jogo até porque o PSG pôs em campo Mbappé, Draxler, Choupo-Moting, Paredes. Um Neymar na melhor forma de sempre desde que se mudou para Paris impulsiono­u a equipa para a reviravolt­a que parecia impossível. O Estádio da Luz e a cidade de Lisboa não têm o colorido associado ao grande futebol por causa da pandemia, mas a Final a 8 começou da melhor maneira quanto ao futebol. Por estes dias haverá grandes jogos da Champions entremeada com a Liga Europa que se está a disputar na Alemanha. Ontem o PSG apresentou uma candidatur­a a finalista. Hoje saberá se nas meias terá pela frente o Atlético de Madrid (mais provável) ou o Leipzig, mas o onze treinado por Thomas Tuchel parece focado no grande objetivo - até porque tem Neymar, o que não aconteceu nas fases decisivas das últimas épocas. Ontem foi demasiado Neymar no bom e no mau com os golos que falhou (e mais Navas, o guarda-redes costa-riquenho que acabou lesionado e substituíd­o), mas na terça-feira já haverá Di María e talvez Verratti (Meunier e Cavani já não estão no plantel). Já é diferente. E se Mbappé puder estar em campo mais de meia hora torna-se mesmo uma equipa ao nível das melhores do mundo. Neymar e Mbappé precisam um do outro em campo e isso viu-se ontem. E são pelo menos o terceiro e o quarto melhores do mundo. E como disse Nasser al-Khelaïfi, o presidente do PSG: “Esta vitória é muito importante até para mudar mentalidad­es, da equipa, dos adeptos, dos jornalista­s até”.

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