VOLTA “ESPECIAL” SEDUZ AUTARQUIAS ANOTE
CICLISMO 82.ª edição da maior corrida portuguesa será oficialmente em 2021, mas federação já garantiu prólogo e oito etapas em setembro
Volta a Portugal vai realizar-se, com nove dias e nas datas previstas, de 27 de setembro a 5 de outubro, mas sem número, solução inédita encontrada entre a Podium e a Federação de Ciclismo
A Podium Events surpreendeuontem,aoemitirum comunicado anunciando o adiamento da 82.ª Volta a Portugal Santander para 2021, realizando-se este ano uma “Edição Especial”, da inteira responsabilidade da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC). Razões comerciais terão levado a uma decisão que gerou alarme, obrigando a FPC a explicar, duas horas depois, que a corrida se realizará nas datas indicadas há semanas, de 27 de setembro a 5 de outubro, com um prólogo e oito etapas. Essa nova corrida tem “obtido um excelente acolhimento das câmaras municipais contactadas para integrarem o itinerário”, informou ainda a FPC.
Será a sexta interrupção em 81 anos de corrida, mas a primeiraaoriginarumaVoltasem “número”. Em 1975, ano da última paragem, devido à agitação nacional gerada pelo
PREC e a uma intensa discussão entre ciclismo profissional e amador, a maior corrida fora substituída pelo Grande Prémio Clock (com um prólogo e 10 etapas), ganho por Joaquim Agostinho – seria a sua quarta Volta, caso fosse oficial.
A Podium justifica o adiamento da sua parte com o facto de o “plano de contingência ter sido objeto de alterações por parte da DGS, as quais dificultam a realização nos moldes habituais” e com a “recusa de autorização de passagem e permanência da prova por parte de algumas autarquias”, admitindo que “a decisão poderá colocar a modalidade numa situação dramática”, o que levou a FPC a assumir a organização da prova.
Por parte da federação, curiosamente, é referido o grande interesse das câmaras municipais que vão integrar as oito etapas, embora os detalhes do percursocontinuememsegredo.Reservandoparamaistarde a sua apresentação, a FPC considera que esta Volta será “um símbolo de um país que supera adversidades para celebrar a vida através do desporto”.
Este ano não haverá aglomerações de adeptos nas bermas da estrada