Fórmula E: quando tudo corre mal
Félix da Costa falhou a qualificação, recuperou de 22.º até 11.º e... o DS avariou na última volta
Com António Félix da Costa já campeão, após um domínio absoluto da DS Techeetah nas primeiras quatro das seis corridas da Fórmula E em Berlim, ontem foi o dia de todos os azares para a equipa dominadora: após quatro pole positions e quatro pódios, com três vitórias, o português e o seu colega, Jean-Éric Vergne, não só largaram das últimas posições como ficaram sem pontos na corrida, isto depois de o campeão ter feito uma entusiasmante recuperação.
“Há dias em que as coisas não são como queremos e este foi um deles. Para ser honesto, sinto-me bem e agradecido pelo que já fiz aqui”, comentou Félix da Costa após uma jornada estranha.
Tendo sido o mais rápido nos primeirostreinos, oportuguês, mais Vergne, Lucas di Grassi, Sébastien Buemi, Max Gunther e Alexander Sims entraram num estranho jogo durante a qualificação, andando devagar em busca de espaço. O tempo acabou por se esgotar e só os dois últimos ainda conseguiram uma volta válida, ficando os restantes à espera de uma repescagem... para os últimos lugares. Como os dois Mercedes, de Stoffel Vandoorne e Nyck de Vries, eram 18.º e 19.º, quase se pode dizer que havia uma grelha invertida para a nova versão do circuito no aeroporto de Tempelhof, esta mais longa.
Na corrida, o britânico Oliver Rowland aproveitou a pole position para garantir a vitória e subir a segundo no campeonato, superando Vergne( foi18.º), enquanto Félix, perdendo a possibilidade de bater o recorde de pontos na Fórmula E, deu espectáculo. “Tive uma corrida divertida e ainda subi a 11.º. Apontava ao décimo lugar quando o carro, na última volta, parou. Não sei o que aconteceu”, afirmou.
“Há dias em que nada sai como queremos. O carro parou e não sei porquê. Vou conversar com os engenheiros”
António Félix da Costa
DS Techeetah