O Jogo

O GUERREIRO VOLTA À CASA DE PARTIDA

Sete anos após ter saído para a Turquia, Castro regressa ao Dragão na estreia pelos minhotos. Beto diz que o médio não vai vacilar

- TOMAZ ANDRADE

Certo dia, Pinto da Costa virou-se para Castro e disselhe que era um guerreiro por jogar mesmo com um dedo do pé partido. No sábado, o médio vai atuar pela segunda vez no Dragão como adversário

Se o primeiro jogo do campeonato tem sempre um cariz singular, no caso de André Castro as emoções serão a triplicar. Não só o médio do Braga vai voltar a jogar na liga portuguesa sete anos após ter saído para a Turquia, como irá pisar o relvado do Dragão como adversário, isto depois de ter passado uma boa parte da carreira no clube, no qual entrou com 11 anos. Será a segunda vez (a primeira foi no Olhanense) que o médio enfrentará a equipa pela qual sempre torceu. Mas no sábado, garante Beto, Castro será o mesmo de sempre. “Se para qualquer jogador é especial defrontar o FC Porto, imagine então para ele voltar à casa que o viu nascer. Só que esse lado emocional é mais pré-jogo, porque quando ele entrar em campo vai dar o melhor e defender o escudo que traz ao peito. Para um profission­al não é complicado gerir as emoções; a carga emocional passa a concentraç­ão quando o jogo começa”, diz o guarda-redes, que no Goztepe partilhou o balneário com o bracarense.

E se o médio é agora um guerreiro, essa alcunha até já tinha sido utilizada por Pinto da Costa quando o jogador partiu um dedo do pé e não parou um único jogo. “Uma vez, o presidente virou-se para mim e disse: ‘“Tu és mesmo um guerreiro, até com o dedo partido vais lá para dentro”’, contou Castro numa entrevista ao “Expresso”. “É uma das grandes caracterís­ticas dele, é muito competitiv­o e tem um grande pulmão. O Castro é uma mais-valia para o Braga e identifica-se perfeitame­nte com o clube”, sustenta Beto, que tem grandes expectativ­as em relação à Liga .“Mais do que achar, agradeceri­a que o Braga fosse ainda mais forte este ano. Tornaria a Liga mais competitiv­a. Há equipas com bons plantéis, como Boavista, Vitória, Famalicão e Rio Ave e estou convencido que haverá um salto qualitativ­o.”

GUARDAREDE­S PORTUGUÊS SUSTENTA QUE O LADO COMPETITIV­O DE CASTRO É MUITO FORTE E QUE VAI CONTROLAR AS

EMOÇÕES

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Castro chegou ao FC Porto com 11 anos e desde cedo exibiu capacidade de sacrifício

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