DESPERDÍCIO TEVE DIREITO A CASTIGO
O Chaves estreou-se com uma exibição dominante sobre o Varzim, mas os poveiros saíram de Trás-os-Montes com um ponto
Depois de seis meses e de um jogo cancelado a segundos do apito inicial, o Chaves regressou finalmente à competição e, a jogar em casa, não foi além de um empate sem golos diante do Varzim. Curiosamente, tratou-se do último adversário da época passada. Num banco dos flavienses, apesar de Carlos Pinto ter testado três vezes negativo à covid-19 na última semana, foi Nelson Lenho, o diretor desportivo, a assumir o comando da equipa perante um Varzim que se deslocou a Trás-osMontes mais interessado em não perder do que propriamente em vencer. Logrou esse objetivo à custa de muita entrega dos jogadores, mas também com alguma sorte e, sobretudo, muita inoperância dos jogadores do Chaves na finalização. O empate foi, por isso, um castigo para os transmontanos.
Comum a primeira parte equilibrada, embora o Chaves tenhademonstrado, nos primeiros vinte minutos, algum nervosismo, o jogo ganhou interesse no segundo tempo. Neste período, a formação de Carlos Pinto controlou totalmente as operações, instalou-seno meio-campo dos poveiros, que se viram obrigados a defender. Tornou-se um jogo de sentido único que proporcionou um desfile de oportunidades perdidas, em especial entre o minuto 53 e o minuto 64. João Correia, que esteve em destaque na ala direita do Chaves, esteve por duas vezes perto do golo, assim como Benny. Roberto também podia ter marcado numa espécie de sufoco um pouco atenuado nos últimos 25 minutos, antes da última ocasião desperdiçada, aos 89’, por André Luís.
“Fomos superiores contra uma equipa típica da II Liga, o Varzim, que veio à procura do ponto. Fomos penalizados”
Nelson Lenho
Diretor desportivo do Chaves “Jogo difícil perante um dos mais fortes candidatos. Foi necessário apelar a todas as forças”
Paulo Alves
Treinador do Varzim