O ano das mudanças
A maior prova do futebol português vai mudar de formato e passará a ser uma espécie de III Divisão do tempo em que havia II B. Entre 96 participantes, sobem dois à II Liga
O campeonato do povo vai arrancar sem ele, ainda que os campos da maior parte dos clubes tenham taxas de ocupação onde já se pratica, involuntariamente, o distanciamento social. Favoritos há muitos
A época 2020/21 será de viragem para o Campeonato de Portugal, a maior prova do futebol português que arranca hoje com o V. Guimarães BFelgueiras e o Espinho-Anadia. A covid-19 precipitou a alteração dos quadros competitivos há muito pedida pelos clubes e o CdP passará, em 2021/22, a ser uma espécie da extinta III Divisão, pois estará abaixo da II Liga e da recémcriada Liga 3 (uma espeécie de antiga II B). Os 72 clubes de 2019/20 cresceram para 96, que estarão divididos por oito séries de 12 emblemas. Os oito primeiros apuram-se para a fase de subida à II Liga e serão repartidos por dois agrupamentos. Os vencedores de cada agrupamento ascendem aos profissionais, enquanto os restantes seis participantes da etapa de promoção transitam para a Liga 3. A esses juntamse mais 18 clubes, apurados numa fase de acesso à nova competição. A covid levou o pouco público
Explicações à parte, há outro fator que faz com que este CdP seja atípico: não há público, pelo menos até outubro, ainda que a esmagadora maioria dos clubes tenha taxas de ocupação baixas nos estádios, inferiores a 50 por cento. Ou seja, distanciamento social nunca faltou em boa parte dos campos. No entanto, a covid-19 retirou uma das poucas receitas que os clubes têm. O isolamento será combatido com algumas transmissões televisivas e ainda mais streamings nas redes sociais e canais dos clubes. Assim se tentará manter a designação deste que também é conhecido como o campeonato do povo. Mais clubes, os mesmos favoritos
De norte a sul, da Madeira aos Açores, o sonho de subir à II Liga é transversal aos 96 clubes. Na Série A,oBragaBéo claro favorito, mas Merelinense e Montalegre estão habituados a fazerem bons campeonatos.
Na Série B, V. Guimarães B, Fafe e Berço prometem luta acesa, num agrupamento onde também está o Aves S AD, mergulhado no caos após a turbulenta descida da I Liga para o CdP. Na Série C, Leça e Trofense terão a companhia do recém-promovido Salgueiros na disputa pelo topo.
Na Série D há vários candidatos como Lourosa, São João de Ver, Espinho, Beira-Mar, Canelas 2010 ou Sanjoanense e ao centro (Série E) destacamse Benfica e Castelo Branco e a incógnita Leiria, que tem novos investidores. Na Série F, o Alverca tem uma aposta fortíssima na subida, mas o Torreense promete combatê-la, ao passo qu ena sé ri eGo Real Massamá deve ser tido em conta, onde também está o S por tingBeo renovado Estrelada Amadora. Por último, o Olhanensep arte como favorito a sul e o V. Setúbal tentará valer a força das gentes do Sado face aos problemas financeiros. Um viveiro de talentos
O Campeonato de Portugal tem sido um trampo limpara os profissionais. Só esta época, os clubes da II Liga contrataram 29 jogadores noCdP.P ara aI Liga saltaram Ibrahim (do Chaves Satélite para o Famalicão) e André Mesquita (do Marítimo B para Santa Clara).
CLUBES 24 A Liga 3 vai ter 24 clubes em 2021/22 e em 2022/23, sendo reduzida para 20 em 2023/24.
REDUÇÃO 56 Já o CdP será reduzido para 60 clubes já na próxima temporada e para 56 em 2022/23