O Jogo

DARWIN COM LACUNAS ENCOSTA CONCORRENT­ES

EVOLUÇÃO José Gomes orientou o novo camisola 9 do Benfica no Almería e projeta-lhe potencial para fazer a diferença sozinho, mas tendo a receção de bola e o posicionam­ento para melhorar

- FREDERICO BÁRTOLO

Jesus já vê condições para o uruguaio contratado por 24 milhões de euros ser titular em detrimento de Seferovic e Carlos Vinícius. Assistênci­as contra o Famalicão deram-lhe força para manter o posto

Darwin foi contratado por 24 M€, blindado com uma cláusula de 150 e foi titular no segundo jogo oficial do Benfica. É aposta forte dos encarnados, mas terá de ser limado por Jorge Jesus, assim comenta a O JOGO José Gomes, que o orientou durante alguns meses no Almería. “É um ponta de lança jovem, humilde, que tem algumas lacunas nomeadamen­te na receção. Por erros de posicionam­ento, ou ansiedade de querer chegar mais rápido, os avançados, às vezes, acabam por falhar. Com o trabalho e com o tempo acabam por perceber as melhores zonas do terreno em função da bola para convidarem os rivais a pressionar. Darwin deve melhorar o posicionam­ento em relação à bola e a receção da mesma”, afirma o técnico português, que considera que os “movimentos corretos de como arrastar os defesas ainda não são constantes.”

Com 21 anos, Darwin teria sempre coisas para corrigir até porque só chegou à Europa em 2019. O JOGO sabe que a velocidade, a potência de remate e a facilidade em fazer golos agradam a Jorge Jesus, daí ter encostado Carlos Vinícius e Seferovic no segundo jogo oficial. José Gomes corrobora quanto à capacidade de

Darwin fazer a diferença sozinho: “Fartou-se de fazer golos [16 em 32 jogos pelo Almería] e de criar oportunida­des. Em muitos dos golos nem estava na posição ideal, mas tem facilidade em proteger a bola com o corpo e tem outras capacidade­s para vir a ser um super ponta de lança. Não é necessaria­mente o jogador que recebe a bola e que é o mais importante, mas arrasta e cria espaço e tem mobilidade para pedir o jogo na profundida­de. Na nossa liga, as equipas que jogarem subidas terão dificuldad­es com isso; as que jogarem recuadas terão de saber que ele é muito forte a atacar os cruzamento­s.”

A correria para oferecer o bis a Waldschmid­t não ficou esquecida: “Ele fez golos nos quais recebeu a bola na linha de meio-campo, acelerou e passou por vários rivais. Torna uma não-oportunida­de num golo. Não necessita tanto do trabalho coletivo. Tem um poder enorme para chegar a zonas de finalizaçã­o e potência de remate mesmo depois de 30 metros

de corrida.”

“Pode ser um super ponta de lança. Torna uma não-oportunida­de num golo. Não necessita de trabalho coletivo” “Em muitos dos golos que fez nem estava na posição ideal, mas tem facilidade em proteger a bola” “Com o tempo, os avançados percebem as melhores zonas em função da bola. Darwin deve evoluir isso e a receção” JOSÉ GOMES

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