“Será dos duros e isso é bom”
RUI COSTA Poveiro conta estar entre os 25 que vão discutir o título
Norte de Itália, 258 km com 18 subidas e previsão de chuva a partir das 11h00 são características que fazem recordar Florença, em 2013. Rui Costa vai estar atento, para terminar de novo entre os melhores
“Vamos bater-nos por um lugar nos dez primeiros. O percurso, pela dureza, faz lembrar o de Florença, embora o perímetro do circuito seja muito maior. Vamos passar subidas muito íngremes, em estradas estreitas. Acredito que poderemos estar representados no pequeno lote de ciclistas que vai discutir a corrida”, diz o selecionador nacional, José Poeira, na antevisão a um Mundial em que volta a apostar em Rui Costa, embora tendo uma alternativa em Rúben Guerreiro. Ivo Oliveira e Nelson Oliveira, os outros dois convocados, serão anjos da guarda dos dois líderes.
“Será um Mundial dos mais duros em que já estive, o que é bom para os portugueses”, diz Rui Costa, com um vaticínio: “Acredito que a corrida será discutida entre 25 corredores, um misto de ciclistas que chegam muito bem do Tour com outros já em forma para as clássicas e para o Giro”.
O poveiro tem 33 dias de corridas este ano e um título nacional e o terceiro lugar no Tour du Limousin, ambos há um mês, para o animar. “Vou estudar bem o percurso e os adversários nas primeiras voltas. Tentarei estar por perto dos principais candidatos para, nas voltas finais, seguir o meu instinto, mas sempre com cabeça. Uma ‘bala’ mal gasta pode deitar tudo a perder”, sublinha, contando superar mais uma vez o que lhe vaticinam. Apesar dos constantes lugares no top 10, as casas de apostas colocam-no apenas como 30.º na lista de favoritos, pagando 100 para 1. Curiosamente, logo à frente de Peter Sagan, um dos cinco da história que foram três vezes campeões!