“Seleção? Claro que fica mais complicado”
Beto tem 34 internacionalizações, dos sub-15 aos A, 16 delas pela seleção principal. O guarda-redes reconhece que as possibilidades de ser convocado diminuem ao vir para a II Liga, mas não desiste
Beto quer retribuir o que o Leixões fez por ele em 2006.
É natural de Loures, fez parte da formação no Sporting, ganhou quase tudo no FC Porto, mas porquê esta ligação tão especial ao Leixões?
—Eu anunciei o meu regresso ao Leixões no Dia Internacional da Gratidão. Andamos a perder essa palavra tão bonita que é o obrigado. Em 2006, quando tudo parecia tão difícil na minha carreira, o Leixões deu-me a mão e a oportunidade para me reerguer no futebol profissional. Não posso, não devo nem quero jamais esquecer o que o Leixões, na pessoa do Vítor Oliveira na altura, fizeram por mim. Achei por bem reunir todos esses fatores para optar pelo regresso ao Leixões. Sou o que sou hoje muito graças a essa oportunidade e é altura de eu retribuir.
Em 2006 o Beto precisava muito mais do Leixões. Hoje, é o Leixões que precisa mais do Beto para se reerguer?
—Venho para aqui para ajudar o Leixões a dar um passo em frente. Toda a gente sabe que o clube tem passado anos de dificuldades, esta Direção está a trabalhar para reerguer o Leixões e venho para aqui para ajudar o clube e os meus colegas a crescerem.
A Seleção ainda é atingível, apesar de estar na II Liga?
—Obviamente, sei que as coisas ficam mais complicadas e difíceis para mim, mas é legítimo da minha parte continuar a sonhar. Continuarei sempre a sonhar e a trabalhar, tendo a noção exata das coisas, mas ninguém me pode proibir de trabalhar.
Como é que acha que os jogadores mais novos olham para um reforço com quatro Ligas Europa no palmarés, uma Liga das Nações e sete troféus internos?
—Quando entrei no balneário, disse aos meus colegas que não sou mais nem menos do que eles, só sou mais um para ajudar o clube e o grupo de trabalho. Aqui ninguém vem rotulado de estrela, muito menos eu. Somos todos iguais e a lutar pelo mesmo.
Beto esteve nos Mundiais da África do Sul (2010), Brasil (2014) e Rússia (2018). Também foi convocado para o Euro 2012 e para a Taça das Confederações, em 2017