Direção levou chumbo na AG
Tanto o relatório e contas como orçamento não passaram pelo crivo dos sócios, que apontam ao líder
Numa reunião atípica, sem discussão em sede própria e cheia de restrições pela covid-19, a larga maioria dos 3115 sócios que foram ao José Alvalade deixaram um recado à presidência de Frederico Varandas
Os sócios do Sporting deram ontem um “chumbo” à liderança de Frederico Varandas, espelhado, neste caso, nas duas votações submetidas em assembleia geral: tanto o relatório e contas do clube relativo ao exercício de 2019/20 como o orçamento para o seguinte foram reprovados por larga maioria, atingindo o primeiro ponto 67,22% de votos contra (32,78% a favor) e o segundo 69,19%, contra os 30,81% que disseram que sim. Ainda que estas votações não tenham impacto imediato em termos de lei ou estatutos, fica dado o recado por parte da grande maioria dos 3115 sócios que se deslocaram ao José Alvalade, numa das assembleias ordinárias mais concorridas dos últimos anos. Sem discussão – o Sporting respondeu, via site, às questões dos associados – e com várias restrições devido à covid-19, os sócios entraram, votaram e saíram, cumprindo sempre as normas de distanciamento e higiene, num sufrágio que durou seis horas.
O Conselho Diretivo foi célere a reagir a este chumbo, tendo publicado no site oficial do clube um comunicado onde admite fazer alterações ao orçamento, que neste caso propunha uma redução de 2,3 milhões de euros em relação ao período homólogo, um desinvestimento de 10%. “Ponderaremos introduzir alterações no orçamento, ajustando-o à realidade entretanto já conhecida desde o início do exercício”, explica-se. Ambos os pontos serão novamente submetidos a uma votação.