O Jogo

“Jóni e De Mateos são grandes rivais”

JOÃO RODRIGUES Não sente pressão por correr com o dorsal n.º 1, garante que a W52-FC Porto continua fortíssima e avisa para a qualidade da oposição

- HÉLIO NASCIMENTO

O vencedor da Volta a Portugal do ano passado reconhece que os primeiros dias irão ser decisivos para as contas finais, nomeadamen­te as etapas da Senhora da Graça e da Torre

João Rodrigues está tranquilo e confiante antes do arranque da Volta a Portugal. “Pressionad­o? Nem por sombras. O facto de envergar o dorsal número 1 énormal,é atribuído ao corredor que triunfou no último ano. Não sinto pressão acrescida por isso”, diz o algarvio da W52-FC Porto, desconcert­ante pelo à-vontade antes do grande compromiss­o de um “ano atípico”.

“As boas sensações” verificada­s durante o Grande Prémio Joaquim Agostinho contribuem para a tranquilid­ade do jovem de 25 anos, que sofreu uma queda e ficou com um ombro dorido, mas lamentou sobretudo ter sido impedido de discutir a vitória. “As indicações foram positivas, confirmand­o que a preparação foi boa. Muitos outros ciclistas, possivelme­nte, sentem o mesmo, como o Jóni Brandão e o Vicente De Mateo, que são grandes rivais, os adversário­s mais diretos que vou ter pela frente”. O mote estava dado e desta vez a oposição à W52-FC Porto, que tem dominado o ciclismo português nos últimos anos, está mais forte. “A

Efapel tem uma excelente equipa. Reforçou-se com o António Carvalho e o Luís Mendonça, que fortalecem o grupo, para além dos outros elementos, como o Sérgio Paulinho, que anda sempre bem. O Jóni Brandão foi campeão nacional de rampa e vai dar bastante luta”, antecipa.

Sobre a sua formação, não tem reticência­s. “Basicament­e, o FC Porto manteve a mesma equipa. Saiu o António Carvalho, entrou o Amaro Antunes. O núcleo duroéo mesmo e deixa antever uma equipa forte e unida, com ode costume”, analisa João Rodrigues, lamentando a ausência de Edgar Pinto, que teve uma queda e ficou arredado da Volta. “O Edgar era uma mais-valia, mas a equipa é numerosa e todos estão aptos para participar. Podem ser ciclistas diferentes, mas o conjunto é forte e homogéneo”, destaca.

João Rodrigues e a W52-FC Porto contam com dias decisivos logo no arranque da Volta. “Creio que vai tudo ficar decidido na primeira parte da corrida. A entrada é duríssima, a começar até pelo prólogo. A chegadaà Santa Luziaéu ma incógnita, devido ao paralelo do piso, depois temos a Senhora da Graça e logo a seguir a Torre. A dureza da Volta está concentrad­a nestes primeiros dias. Mas há etapas que parecem fáceis e são uma verdadeira loucura. Aqui nada é certo”, filosofa, a terminar.

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JoãoRodrig­ues vai procurar repetir o triunfo

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