O Jogo

Gustavo Veloso é o primeiro líder

Galego de 40 anos venceu o prólogo de Fafe e é o primeiro líder da Volta a Portugal, depois de três edições em que “batera na trave”. Portistas dominaram e Jóni Brandão impression­ou

- CARLOS FLÓRIDO

Edição Especial da Volta a Portugal abriu com o brilho dos últimos anos, teve público bem comportado e repetiu os protagonis­tas, com a W52-FC Porto a colocar quatro homens entre os oito mais rápidos

Pode dizer-se que à quarta foi de vez. Depois de dois segundos lugares e de há um ano ter sido terceiro com o mesmo tempo dos dois primeiros, Gustavo Veloso venceu finalmente um prólogo da Volta a Portugal. Fê-lo em Fafe, aos 40 anos e naquela que seria a sua época de despedida, decisão repensada devido à pandemia. O galego que já faz parte da história da corrida, com 11 etapas ganhas, duas vitórias à geral e mais três pódios finais, vai partir hoje de amarelo rumo à Santa Luzia, onde até é candidato a repetir o êxito, pois provou ser um dos mais fortes de uma W52-FC Porto na boa forma habitual: Daniel Mestre foi terceiro, Samuel Caldeira sétimo e João Rodrigues oitavo, apenas tendo desiludido Amaro Antunes – 35.º, a distantes 32 segundos –, mas os sete quilómetro­s de contrarrel­ógio também mostraram

“Queria ganhar, mas o Gustavo não me surpreende­u. Em 2014 já tinha sido aqui segundo, num prólogo parecido”

Rafael Reis

Feirense

que alguns dos concorrent­es vão estar à altura.

Se os portistas, vencedores das últimas quatro edições, voltam a partir de amarelo – há um ano fora Samuel Caldeira a vencer op ró logo–, Jóni Brandão impression­ou, pois foi sexto, o seu segundo melhor resultado nos curtos exercícios individuai­s do primeiro dia (fora segundo em 2016), tendo sofrido pelo meio um engano de percurso – e aí perdeu quase todos os seus sete segundos para Veloso.

O segundo em Fafe foi Rafael Reis, que era um assumido favorito no exercício de ontem, depois de ter ganho os prólogos de 2016 e 2018, e tentava fazer já a festa do Feirense nesta Volta, vestindo de amarelo. Contrarrel­ogista puro, vai ter dificuldad­es para manter o lugar na Santa Luzia, tal como Daniel Freitas, a surpresa do dia. Estando apenas na sua terceira Volta aos 29 anos – nunca foi convocado nas suas três épocas pela W52-FC Porto –, é um dos líderes da Miranda-Mortágua e obteve o quarto tempo, à frente de António Carvalho e dos dois primeiros do ano passado. Com Freitas a afirmar que “o objetivo era a vitória”, o seu registo comprovou existir muita gente bem preparada, apesar dos escassos dias de competição. No seu caso foram três desde março, contra os 15 do belga Christophe Noppee doam e Gavin Mannion, os dois melhores de um lote de cinco equipas estrangeir­as que revelaram cedo não estar em Portugal para ganhar.

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e num prólogo
Gustavo Veloso venceu pela 11.ª vez uma etapa da Volta a Portugal, mas pela primeira vez em Fafe e num prólogo

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