O Jogo

Farense-Nacional

0-1

- CRISTINA AGUIAR

Três décadas passadas, Nacional e Farense reencontra­m-se na I Liga e ambas com o estatuto de promovidas. O Farense não foi feliz na finalizaçã­o e continua sem pontuar

O futebol tem destas coisas: por mais que se lute, trabalhe e se aborreça a defesa contrária, a sorte acaba por escolher outro felizardo. Desta vez, quis que fosse o Nacional a vencer, graças a um petardo sem hipóteses de defesa de Hugo Marques. O substituto do castigado Rafael Defendi ainda evitou mais estragos. Para este pontapé cheio de força e intenção não havia solução.

Resumir o desfecho favorável à sorte também não será totalmente justo. Porque a equipa de Luís Freire mostrou vantagens significat­ivas sobre a de Luís Freire: organizaçã­o, coesão e convicção. O Farense optou pelo pragmatism­o e pelo efeito surpresa das transições pertinente­s, sobretudo de Ryan Gauld. Nestes contrastes foi possível ver uma primeira parte equilibrad­a, durante a qual os algarvios forama foi tos, ao ponto de causar alguns sustos na área de domínio de Daniel Guimarães.

A capacidade de construção colocava o meio-campo ofensivo do Nacional em superiorid­ade numérica. Mas este facto não lhe garantia uma posição incisiva na zona de finalizaçã­o. Neste capítulo, o Farense estava à vontade e assim foi trepando e ganhou ascendente numa primeira parte bem disputada, que terminou com Riascos a ensaiar o tiro à bomba. O aviso ficou dado, o Farense terá percebido e pertenceu-lhe as primeiras abordagens à baliza na segunda parte, num cabeceamen­to deJonatanL­ucca, nas equênciade um canto. C ás si oScheid, também na sequência de bola parada, obrigou Daniel Guimarães a esmerar-se.

Luís Freire reajustou o puzzle com duas substituiç­ões, uma das quais providenci­al. Gorré foi o elemento que rompeu com a consistênc­ia do Farense e foi dele o passe decisivo para o golo de Riascos, que antes já ameaçara com um cabeceamen­to. O golo desestabil­izou os algarvios, ao ponto de lhes retirar capacidade de reação.

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Riascos marcou o golo e foi saudado pelos companheir­os

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