Farense-Nacional
0-1
Três décadas passadas, Nacional e Farense reencontram-se na I Liga e ambas com o estatuto de promovidas. O Farense não foi feliz na finalização e continua sem pontuar
O futebol tem destas coisas: por mais que se lute, trabalhe e se aborreça a defesa contrária, a sorte acaba por escolher outro felizardo. Desta vez, quis que fosse o Nacional a vencer, graças a um petardo sem hipóteses de defesa de Hugo Marques. O substituto do castigado Rafael Defendi ainda evitou mais estragos. Para este pontapé cheio de força e intenção não havia solução.
Resumir o desfecho favorável à sorte também não será totalmente justo. Porque a equipa de Luís Freire mostrou vantagens significativas sobre a de Luís Freire: organização, coesão e convicção. O Farense optou pelo pragmatismo e pelo efeito surpresa das transições pertinentes, sobretudo de Ryan Gauld. Nestes contrastes foi possível ver uma primeira parte equilibrada, durante a qual os algarvios forama foi tos, ao ponto de causar alguns sustos na área de domínio de Daniel Guimarães.
A capacidade de construção colocava o meio-campo ofensivo do Nacional em superioridade numérica. Mas este facto não lhe garantia uma posição incisiva na zona de finalização. Neste capítulo, o Farense estava à vontade e assim foi trepando e ganhou ascendente numa primeira parte bem disputada, que terminou com Riascos a ensaiar o tiro à bomba. O aviso ficou dado, o Farense terá percebido e pertenceu-lhe as primeiras abordagens à baliza na segunda parte, num cabeceamento deJonatanLucca, nas equênciade um canto. C ás si oScheid, também na sequência de bola parada, obrigou Daniel Guimarães a esmerar-se.
Luís Freire reajustou o puzzle com duas substituições, uma das quais providencial. Gorré foi o elemento que rompeu com a consistência do Farense e foi dele o passe decisivo para o golo de Riascos, que antes já ameaçara com um cabeceamento. O golo desestabilizou os algarvios, ao ponto de lhes retirar capacidade de reação.