IURI MEDEIROS FAZ PENSAR CARVALHAL
Suplente utilizado contra o Santa Clara, o extremo causou boa impressão e esteve nos melhores momentos. Poderá alinhar de início em Tondela Passado: no Nuremberga, seu último clube, Iuri fez apenas onze jogos
Depois de Ricardo Horta e Francisco Moura, Iuri Medeiros será a terceira aposta para o flanco esquerdo do ataque. Técnico Miguel Leal gabalhe a capacidade para desequilibrar
A boa réplica do Braga na segunda parte do jogo com o Santa Clara teve relação direta com a entrada de Iuri Medeiros. Derrota à parte, o extremo dinamizou o ataque pela esquerda e, num dos melhores lances dos minhotos, chegou a enviar uma bola à trave, acrescentando à equipa a chama que faltou, por exemplo, a Francisco Moura, rendido ao intervalo. Carlos Carvalhal registou o empenho do jogador emprestado pelo Nuremberga e poderá premiá-lo com a titularidade já na próxima jornada, na visita ao Tondela. A confirmar-se essa opção, será a terceira aposta diferente do técnico para a ala canhota, depois de Ricardo Horta (contra o FC Porto) e de Francisco Moura (contra o Santa Clara). Será também uma vitória pessoal. É que o atacante açoriano tem protagonizado uma interessante corrida contra o tempo (perdido), iniciada inclusivamente antes do começo da pré-época do Braga. Como consequência de uma época modesta com as cores do Nuremberga, durante a qual foi pontualmente utilizado (apenas 11 jogos somados), estava acima do peso ideal no verão e, por isso, abreviou as férias para trabalhar na Pedreira com o claro objetivo de emagrecer. Atingiu essa meta e, graças também ao desaparecimento forçado de Gaitán (por lesão), acabou por desfrutar de 12 minutos no Dragão, como suplente utilizado, capitalizando essa breve oportunidade com boas indicações nos treinos. Na receção ao Santa Clara, tornar-se-ia um principais trunfos lançados por Carvalhal e a próxima etapa aponta para Tondela, previsivelmente com maior protagonismo.
Sob o comando de Miguel Leal, Iuri Medeiros viveu épocas felizes ao serviço do Moreirense e Boavista e o treinador entende que o ala “já está muito próximo” do seu melhor. “É um desequilibrador nato. Tentou o golo através de remates em curva, em movimentos de rotura da esquerda para o centro”, avaliou. Por ter sido “dos melhores jogadores” que orientou, Miguel Leal fez de tudo para explorar o potencial do extremo, incluindo broncas “premeditadas”.
“Castigava-o nos treinos mandando-o mais cedo para o duche ou então ordenando-lhe que se sentasse no relvado a ver o treino. Os capitães de equipa iam depois consolá-lo. Só queria picá-lo”, contou, divertido, o treinador.