“Centralismo mas menos descarado”
Pinto da Costa recorda a luta que travou e não quer que o clube perca identidade
A entrega de um Dragão de Ouro à Casa do FC Porto de Lisboa foi o mote para Pinto da Costa falara sobre norte, sul e uma identidade de que se orgulha, apesar de o FC Porto ser cada vez mais global. “Temos muito orgulho em poder dizer que abrangemos o país de norte a sul, mas não queremos perder as nossas características de clube do norte e da cidade do Porto. Mas queremos ter adeptos e e simpatizantes em toda a parte. Curiosamente hoje o Dragão de ouro foi atribuído por unanimidade à Casa do FC Porto em Lisboa, porque tem uma atividade muito grande. E nós queremos essas pessoas tanto como as que são do Porto. Todas são bem vindas, desde que tenham o espírito do
Dragão e demonstrem que amam o FC Porto”, explicou.
O aumento significativo de sócios nos últimos anos explica-se facilmente: “Uma criança começa a ouvir falar de futebol, vê um clube a ganhar, a ter festas, vitórias internacionais… Isso teve muita influência, bem como o dinamismo que se tentou incutir. O FC Porto, sendo hoje um clube, não nacional, mas internacional, obviamente atrai simpatia e atenção de toda a gente”.
Há muitos anos, as diferenças eram outras: “Quando entrei com o Pedroto, o FC Porto era dominado pelo centralismo. Agora também há, mas talvez haja menos descaramento. Há mais cobertura dos órgãos de comunicação, até porque são mais. Na altura era um fatalismo, Lisboa mandava e tínhamos que aceitar. Mas nós lutamos contra isso. O 25 de abril mudou muita coisa e veio repor a verdade em muitas coisas, uma delas o futebol”.