“O objetivo era não perder tempo”
Gustavo Veloso defendeu-se tão bem que até teria ganho segundos se houvesse bonificações. Mas avisa que hoje o caso é sério
“A fuga não era um problema. Só queríamos acabar como começámos”
Gustavo Veloso
W52-FC Porto
A W52-FC Porto controlou a primeira etapa em linha, mas tal como há um ano manteve a amarela com um segundo lugar na meta. O experiente Veloso não queria mais do que isso na véspera da Sra. da Graça
Eram 180 quilómetros entre Montalegre e Viana do Castelo e o filme pareceu uma reposição de anos anteriores: quando Samuel Caldeira passou para a frente do pelotão e ditou o ritmo, os oito minutos de vantagem do jovem fugitivo, Marvin Scheulen, esboroaram-se até desaparecerem. Era a W52-FC Porto a dominar a Volta a Portugal na sua versão habitual, e o objetivo era apenas conservar Gustavo Veloso vestido de amarelo, segundo garantiu o próprio.
“Cumprimos os objetivos, que eram não ter problemas e não perder tempo”, disse o galego já em frente ao Santuário de Santa Luzia, elogiando “o grande trabalho da equipa, e sobretudo o Samuel Caldeira, aquele que puxou mais tempo”. Daniel Mestre foi segundo e o próprio Veloso o terceiro na meta, mas perder para Luís Gomes não foi problema. “O mais importante era acabar esta etapa da mesma forma que a tínhamos iniciado”, garantiu o líder da Volta a Portugal, que até à Santa Luzia viveu uma etapa simples, até descontraída nos quilómetros iniciais. “A fuga foi avançando, mas não era um problema. Cada um tem a sua estratégia e tivemos de ser nós a pegar na corrida”, disse sobre a perseguição ao jovem da LA.
“Agora vem uma das etapas mais decisivas”, disse sobre a Senhora da Graça, sem se alongar: “Estamos a trabalhar para manter a camisola amarela na equipa. O objetivo é tê-la na W52-FC Porto e o mais importante é tê-la em Lisboa.”