“Não me sinto feliz a competir”
João Sousa admite estar numa fase complicada na carreira, bem patente na derrota sofrida na primeira ronda de Roland Garros
Como se já não bastasse o facto de ter convivido, durante quase um ano, com a mais grave lesão da carreira, o vimaranense está agora a viver a pior situação de sempre em termos de autoconfiança
Antes de jogar, ontem, o encontro de pares relativo à primeira ronda de Roland Garros (ver peça em baixo), João Sousa relatou a O JOGO o sentimento de uma insatisfação instalada há muito tempo e agravada pela traumatizante derrota, anteontem, na eliminatória de singulares.
“Foi mais uma exibição menosconseguida”,começoupor explanar, pormenorizando: “Tem sido difícil encontrar o bom ténis e as boas sensações, nãomesintocómodoemcampo e também não me sinto nada feliz a competir, depois de uma lesão [fratura num osso do pé direito] que me afetou bastante, e a verdade é que [suspirou]… está a ser difícil voltar a competir a cem por cento e estar motivado.” A propósito do raro pedido ao árbitro de um “toilet break”, entre o segundo e o terceiro
João Sousa confessou a O JOGO viver um momento difícil sets, confidenciou: “A ida à casa de banho foi para arejar um pouco as ideias, tentar voltar com um bocadinho de confiança e ânimo, mas não serviu de muito.”
O treinador Frederico Marques também está desconsolado e constata que o seu protegido “entra rápida e intensamente numa espiral de frustração e tristeza quando as coisas não lhe saem como quer”, alertando que ao “mais alto nível isso paga-se caro”.