O Jogo

ESTALOU O VERNIZ

“Um bandido será sempre um bandido”

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Lembrando o caso Apito Dourado, o presidente do Sporting vai mais longe na resposta à entrevista dada ao Porto Canal: “Num país de primeiro mundo, jamais podia ser dirigente do que quer que fosse”

Frederico Varandas respondeu ontem, antes de viajar para São Miguel, nos Açores, a Pinto da Costa, presidente do FC Porto, chamando-o de “bandido” depois deste, em entrevista ao Porto Canal na passada terça-feira, em Manchester, ter afirmado que o dirigente máximo dos leões“prestaria um grande serviço ao Sporting se se dedicasse à medicina”.

A dureza da resposta ficou bem à vista, começando por aquelas que foram as incidência­s do último clássico entre as duas equipas em Alvalade, na última jornada da Liga. “Penso que o senhor Pinto da Costa não respondeu por achar que foi penálti ou porque foi beneficiad­o, o presidente do FC Porto respondeu porque tocámos no seu ponto fraco, na sua ferida que são os valores, valores que o Sporting tem e ele não tem. O senhor Pinto da Costa está habituado a ter do outro lado pessoas ou com telhados de vidro ou com pouca coragem e não é o caso deste Sporting. E sobre o que ele disse do ataque de Alcochete, é lamentável ver o senhor Pinto da Costa a colar-se, a pôr-se ao lado e a defender quem fez aquele ataque, demonstra muito o que é enquanto homem e a sua índole”, atirou, a respeito da afirmação do dirigente portista, que considerou Frederico Varandas como o “único beneficiár­io” do ataque feito por elementos da claque Juventude Leonina ao plantel no passado dia 15 de maio de 2018.

O caso Apito Dourado foi o mote para o que se seguiu, em que Frederico Varandas advogou que Pinto da Costa “será sempre lembrado como um bandido”. “Mas deixe ir um pouco atrás, esta semana foi rica e o senhor Pinto da Costa deu uma entrevista onde é colocada a questão do Apito Dourado. O senhor Pinto da Costa responde atirando arei apara os olhos dos portuguese­s dizendo que o Apito Dourado foi mais um processo em que muitos portuguese­s são arguidos, mas como não houve condenação nada se passou. Só que há um pormenor... Ainda há dois dias eu próprio fui ao Google, coloquei ‘escutas e Apito Dourado’, eu vi e ouvi o que todos nós ouvimos. O que eu ouvi foi o senhor Pinto da Costa de viva voz a dizer tudo o que disse. Eu pergunto e desafio a todos os comentador­es e jornalista­s, muitos se calhar ainda não eram profission­ais, muitos se calhar já não selem

bram, a ouvir de novo aquelas escutas. Gostaria de perguntar ao senhor Pinto da Costa o que é que ele acha daquilo, não da não condenação. Porque para mim, se as escutas foram válidas ou não, isso é um problema para a justiça e a sua credibilid­ade, outra coisa é o que nós ouvimos e o que ele fez. O que posso dizer é que num país de primeiro mundo, o senhor Pinto da Costa jamais podia ser dirigente do que quer que fosse”, disparou, rematando: “E para terminar, falando para todos os sócios e adeptos do Sporting, mas também para os portuguese­s, que merecem ouvir isto, está encravado na garganta de todos os sportingui­stas, mas também todos os portuguese­s que se levantam bem cedo para ir trabalhar e tentam triunfar na sua vida, não à custa da corrupção, do compadrio e do esquema, para todos eles... pode ter um grande sentido de humor, pode ser uma pessoa culturalme­nte acima da média, pode ter um currículo cheio de vitórias, mas um bandido será sempre um bandido. Um bandido, no final um bandido será sempre recordado como um bandido. E o senhor Pinto da Costa, no dia em que se retirar ou for obrigado a retirar-se, prestará um grande serviço ao futebol português e irá contribuir mui topara que Portugal tenha cada vez mais uma imagem de país de primeiro mundo.”

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