O Jogo

“Entrar de caras no FC Porto? Talvez Ronaldo e Messi”

CONCEIÇÃO garante que não é “conservado­r” e explica que os reforços precisam de tempo

- CARLOS GOUVEIA

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Conceição voltou a dizer que não é fácil chegar ao FC Porto e “entrar de caras”, a menos que fosse Ronaldo ou Messi. Ganhar ao Gil Vicente é o “primeiro passo” para alterar o momento menos bom

Na antevisão do jogo com o Gil Vicente, Sérgio Conceição refutou a ideia de ter jogado à defesa em Manchester e voltou a pedir tempo para os reforços se ambientare­m.

O FC Porto não vence há três jogos. Como vai dar a volta a isso?

—Ganhar amanhã [hoje] é o primeiro passo. Não podemos andar mais ou menos motivados consoante um resultado. Temos um caminho a percorrer e nem tudo vai ser sempre um mar de rosas, vão acontecer situações menos agradáveis e cabe-nos ter confiança no trabalho, nos jogadores. Olha-se para a perda de pontos e foi em casa de um rival direto, o Sporting, num jogo em que muitos momentos houve um grande FC Porto. E também com o City, mas não vivemos dessas vitórias morais, mas de pontos e de ganhar jogos.

Preocupa-o o atraso para o Benfica?

—Não é preocupaçã­o, é achar que não devíamos ter perdido os cinco pontos que, obviamente, são recuperáve­is. Isto é uma maratona. Mas nós, exigentes como somos, não queremos deixar pontos de maneira nenhuma, mesmo que seja no início. Cabe-nos ir atrás, perceber que cada jogo tem de ser uma final. E amanhã [hoje] temos a possibilid­ade de voltar às vitórias e de uma forma sólida.

O compromiss­o de que tem falado tem de partir do jogador, do grupo ou de si?

—Não é fácil chegar a um clube como o FC Porto e entrar de caras, se calhar entrava o Ronaldo, o Messi, uma dúzia de jogadores que se contratass­e, mas não é o caso. Chegam jogadores de realidades diferentes, não conhecendo o país, o grupo de trabalho, a forma exigente como se trabalha. E é normal que haja esse tempo de adaptação. Em contraste a isso entra a urgência das vitórias. Quando ouço que no último jogo o FC Porto surpreende­u, que tem um treinador conservado­r... Mas o que é isso de conservado­r? Eu nem nas contas, nem no dinheiro sou conservado­r. É ser realista. Perceber quem é que entende melhor o jogo e o que pretendemo­s. Não foi por acaso que nas primeiras jornadas meti os jogadores que trabalham comigo há alguns anos. É normal, não tem a ver com conservado­rismo, com ser mais ou menos arrojado. Um treinador que joga para não perder é conservado­r, eu jogo sempre para ganhar, é completame­nte diferente.

Quanto tempo precisa para ter todos ambientado­s?

—O tempo agora é pouco... Tive o grupo de trabalho dois ou três dias, alguns um dia, e tivemos o jogo com o Sporting... Não posso, de certa forma, querer resultados imediatos. Mas do outro lado há a pressão e a necessidad­e da conquista dos pontos. O City foi de grande exigência. Ontem [anteontem], fizemos um treino com os menos utilizados... Aos poucos, vamos passando a mensagem, mas treino é treino. Vamos ter mais cinco jogos uns em cima dos outros até à próxima paragem. Se estamos confortáve­is no jogo, com resultado positivo, é hora de meter alguém em jogo para que as suas sensações sejam diferentes do treino, claro que sim. Num jogo como o de Manchester ou Alvalade – ou até este com o Gil Vicente, que se pode tornar complicado – o cenário é diferente para ir metendo esses jogadores que chegaram de novo. Senão, só na paragem, arranjando um ou outro adversário para os colocar a competir de acordo com o treino.

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