O Jogo

“TEMOS DE MOSTRAR ARROGÂNCIA POSITIVA”

Um mês após o primeiro jogo oficial da época, técnico já vê coisas “muito boas”, mas garante que ao leão ainda se falta impor como um grande. Castigo do clássico termina hoje

- BRUNO FERNANDES

O treinador do Sporting vê um leão a crescer, mas não acha que esteja assim tão bem como há um mês, quando bateu o Aberdeen. É preciso, diz, chegar aos jogos e assumir, sem pejo, o controlo dos mesmos

O castigo de seis dias vindo do clássico terminou ontem; o clássico em si, diz, já não entrou no seu discurso. Santa Clara é “excelente”. Completa-se amanhã [hoje] um mês desde o primeiro jogo oficial, contra o Aberdeen. Que melhorias vê na equipa? —A parte física foi importante, porque tivemos a pré-época e, depois, vários dias sem treinar, pela covid-19. As melhorias vêm sobretudo dos treinos que fazemos todos juntos, com o infortúnio de não estarmos já na Liga Europa, sinal de que tivemos semanas mais longas. Mas também não acho que estejamos assim tão melhores. Ainda nos temos de esforçar muito para dominar os jogos, porque ainda não o fazemos como uma equipa grande. Temos, ainda assim, coisas muito boas, apresentam­os boas dinâmicas e estamos no caminho certo, acho. A vantagem de não estar na Liga Europa é só física?

—Normalment­e, as equipas estão preparadas para jogar de três em três dias, a competição ajuda, claro, mas, em termos de tempo de trabalho, ajuda termos uma semana completa de trabalho – dá-nos vantagem em termos táticos. Os jogadores não estão habituados, principalm­ente os mais novos, a jogar de três em três dias. Não podendo crescer assim, vamos ter de crescer de outra forma. Que Sporting espera no jogo com o Santa Clara? —Temos de entrar da mesma forma, com a mesma consistênc­ia, contra uma equipa que tem os mesmos pontos que nós [sete], que joga no mesmo sistema, que tem jogadores muito rápidos – com alas em que um é lateral e o outro extremo – e um guarda-redes muito bom a jogar com os pés; temos de assumir o jogo e chegar lá com arrogância positiva, que é o nosso ADN, mas ainda temos alguma dificuldad­e em mostrar isso. É, contudo, obrigatóri­o entrar sempre com a mesma determinaç­ão. A revolta no clássico pode transforma­r-se numa espécie de motivação? —É a nossa vida enquanto treinadore­s, temos, a seguir ao jogo, de responder a quente. Na altura sentimo-nos prejudicad­os, mas seguimos em frente, isso é passado e foi isso que transmiti aos jogadores.

“Ainda nos temos de esforçar muito para dominar os jogos como uma equipa grande” “Essa arrogância positiva é o nosso ADN e ainda temos dificuldad­es em mostrar isso” Rúben Amorim Treinador do Sporting

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