Caló Oliveira agarra-se à vida
Também conhecido por Carlitos, ou apenas Caló, o avançado do Doxa esteve em estado de coma há menos de um mês, mas já faz a sua vida normal e vai começar a fisioterapia para voltar aos treinos
No dia 27 de setembro, Caló Oliveira e a namorada foram dar um passeio de motoquatro na zona de Paphos, estância balnear na ilha de Chipre. A certa altura, numa estrada de terra batida, o veículo resvalou num pedregulho e despenhou-se num penhasco com uma altura de 40 metros, só parando quando embateu num rochedo já à beira da água. Temeu-se o pior. Jogador e companheira foram transportados para um hospital local e estiveram em coma. Os jornais cipriotas avançaram com cenários fatalistas, mas hoje, quase um mês depois, pode dizer-se que o pior já passou. “A minha namorada ainda está de cama, mas a recuperação tem sido boa e temos boas expectativas. Quanto a mim, faço já a vida normal, apesar de não poder ainda treinar. Mas já consigo conduzir. Movimento-me à vontade, as pernas estão bem, os braços também e mentalmente está tudo OK”, conta a O JOGO o avançado do Doxa, quinto classificado na liga de Chipre.
“Fraturei um osso na maçã do rosto, tive uma fratura na zona do peito e uma perfuração de um pulmão”, conta Caló, explicando que a namorada teve fraturas na coluna e no cóccix, assim como uma hemorragia no fígado. “Disseram que ela podia ter ficado paraplégica e que eu tinha ficado com a cara desfigurada, mas não era verdade”, explica um jogador que só pensa em voltar aos relvados: “Sinto-me bem da cintura para baixo. Da cintura para cima não estou a cem por cento, mas quase normal. Vou começar a fisioterapia, para recuperar a massa muscular e para estar apto o mais cedo possível a voltar aos treinos. Esse é o objetivo e creio que o poderei fazer dentro de um mês.”