O Jogo

Valbuena não merecia asneira de Bouchalaki­s

- JOÃO MAIA

O Olympiacos comprovou no Dragão o que já se sabia: a conversa de um possível adversário acessível é só uma teoria desfasada da realidade, pois este campeão grego criou vários problemas ao FC Porto. Pedro Martins orienta uma equipa bem organizada e que sabe o que tem de fazer em cada momento do jogo, apoiada por dois centrais fortes nos duelos, laterais que conseguem, aqui e acolá, dar profundida­de ao ataque e, sobretudo, um maestro chamado Valbuena, por quem a idade não passa. São 36 anos de uma imensa qualidade técnica que não merecia a asneira do capitão Bouchalaki­s.

Defesa José Sá pouco trabalho teve e nada podia fazer nos golos sofridos. Rafinha e Holebas sabem subir, mas a idade já pesa (o primeiro tem 35 anos e o outro 36). Aliás, o brasileiro perdeu por completo no duelo com Sérgio Oliveira no 2-0. Rúben Semedo e Cissé formaram uma dupla sólida e forte no jogo aéreo. Rúben Vinagre limitou-se a refrescar a lateral esquerda.

Meio campo Bouchalaki­s tornou a missão portista muito mais fácil com aquela perda de bola que abriu caminho ao golo de Fábio Vieira. Valbuena foi o cérebro do campeão grego. Por ele passaram quase todas as jogadas de perigo e foram várias as combinaçõe­s com El Arabi. Além disso, teve a melhor oportunida­de do Olympiacos, quando, aos 40’, viu Mbemba tirar quase em cima da linha um chapéu a Marchesín. Pêpê entrou, mas não teve tempo para se mostrar.

Ataque El Arabi foi um perigo à solta quando tinha espaço. Chegou a ter um par de oportunida­des perigosas, mas ambas foram anuladas por fora de jogo. Pedro Martins procurou agitar as águas com a troca de extremos, porém Bruma não desequilib­rou e o ex-Braga Hassan foi mais um quando já nada havia a fazer.

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