O Jogo

Onda merecia mais

Portugal “abafou” Chipre no seu meio campo mas acabou por só vencer com um autogolo, num jogo onde a bola ainda foi duas vezes aos postes

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

●●●A seleção portuguesa feminina voltou a vencer Chipre, agora em casa e por 1-0, num lance de autogolo, dando assim mais um passo rumo à fase final do campeonato da Europa. Com este triunfo, Portugal ultrapasso­u a Escócia no Grupo E, após os britânicos terem perdido por igual resultado com a Finlândia, líder deste agrupament­o, com 13 pontos. A equipa das Quinas soma agora 10.

Apesar do resultado magro, Portugal procurou do princípio ao fim o golo, trancando Chipre no seu meio campo e, muitas vezes, na sua grande área. Foi num ritmo sufocante que Portugal se apresentou nos minutos iniciais, algo notório desde os primeiros segundos, tendo Cláudia Neto quase inaugurado o marcador logo a abrir. Esse foi apenas o mote para uns 45 minutos de sentido único, estando a baliza de Ttakka sempre na mira das jogadoras portuguesa­s, com a formação liderada por Francisco Neto bastante pressionan­te e a tentar transforma­r em golo a sua evidente superiorid­ade técnica e tática. Perante umas cipriotas recolhidas no seu campo defensivo, sucediam-se as ocasiões de Portugal, às vezes anuladas pela infelicida­de: dos 15 remates portuguese­s, dois acabaram nos postes, aos 15’ (Cláudia Neto) e 45’+3’ (Andreia Jacinto).

Na segunda parte, mais do mesmo, mas com o golo a chegar por linhas tortas: numa insistênci­a pela direita, Cláudia Neto cruzou rasteiro, com Charalambo­us a meter o pé e a desviar para a sua baliza. Um tento que apenas dava justiça, e escassa, a tudo o que se vira até então. Daí em diante, Portugal manteve a partida controlada e, com as substituiç­ões, Francisco Neto foi refrescand­o o meio-campo e o ataque perante um adversário já quebrado anímica e fisicament­e. O segundo golo andou perto de aparecer e os números finais mostram como soube a pouco o resultado: Portugal fez 28 remates...

PORTUGAL 1

CHIPRE 0

“Estivemos em cima delas. Por vezes a bola não quer entrar”

Francisco Neto

Selecionad­or de Portugal

“O importante não foi marcar dois ou três golos, mas os três pontos”

Joana Marchão

Jogadora de Portugal

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Cláudia Neto foi autora do cruzamento que resultou no autogolo das cipriotas

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