O Jogo

“O dinheiro não era tudo”

Quaresma, orador na “Web Summit”, reconheceu ter sido um erro rumar ao Shabab Al-Ahli

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A época 2012/13 situa-se entre os piores episódios da carreira de Ricardo Quaresma. Presente na sessão “O desafio dos campeões”, incluída na programaçã­o da “Web Summit 2020”, o extremo do V. Guimarães rebobinou uma carreira que já leva 20 anos e assumiu ter sido “uma asneira” ter assinado pelo Shabab Al-Ahli (Dubai), quando tinha 29 anos. “Por muito que as pessoas me dissessem para onde devia ir, sempre fui pela minha cabeça. Houve coisas que, se fossem hoje, não as faria. O campeonato no Dubai não tem nada a ver com o futebol europeu. É algo mais de fim de carreira, não é exigente, não é tão competitiv­o. Na minha ida para lá percebi que as pessoas me estavam a esquecer, que estava gordo e que já não era o Quaresma de há uns anos. Isso fez-me voltar à Europa e perceber que o dinheiro não era tudo”, recordou, garantindo que jamais esquecerá a oportunida­de ter renascido no FC Porto. “Agradeço ao presidente Pinto da Costa porque me abriu novamente as portas. Acho que isso foi o meu maior teste. Foi o meu ponto mais alto, foi nessa fase, de mostrar que estava vivo, que ainda não tinha acabado para o futebol”, assinalou.

Viajando um pouco mais no tempo, o internacio­nal português contou que as trivelas chegaram a ser um problema quando ainda era juvenil do Sporting. “Um treinador até me mandou sair do treino por causa disso. Dizia que não queria esse tipo de passes no treino dele, mas eu não fazia por mal. Falei com ele depois e disse-lhe que não estava a faltar ao respeito, era algo que já era meu, por natureza”, testemunho­u.

“No Dubai percebi que as pessoas me estavam a esquecer e que estava gordo. Pinto da Costa abriu-me as portas”

“Um treinador [do Sporting] até me mandou sair do treino por causa das trivelas” Ricardo Quaresma Extremo do V. Guimarães

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Quaresma fez viagem ao passado

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