OLIVEIRA A MEIO NA LISTA DAS QUEDAS QUEDAS
Portimão foi a corrida mais pacífica (32 quedas) num ano em que os pilotos dos Mundiais foram 722 vezes ao chão, 180 delas em MotoGP
Johann Zarco já foi ao chão e vai fazer cair Dovizioso, com Miguel Oliveira a escapar
Numa época que só teve 14 Grandes Prémios com todas as classes, as quedas diminuiram tanto no total como em média por corrida. Miguel Oliveira foi “regular” (8) e Zarco (15) deu razão aos críticos
A época mais curta de sempre em MotoGP, com apenas 14 corridas entre julho e novembro – Moto2 e Moto3 ainda correram no Catar, em março – foi também das mais tranquilas no tocante a quedas, pois a média de 49,6 por corrida, entre todas as categorias, é a terceira mais baixa da década. Curiosamente,apistaconsideradamais desafiante, a estreante de Portimão, foi a que menos quedas registou. E Miguel Oliveira, em mais um comprovativo da sua boa época, foi ao chão oito vezes, precisamente a média dos 22 pilotos de MotoGP.
Se os pilotos não caíram tantas vezes, uma boa surpresa face à pressão de uma temporada concentrada, a estatística não revela a importância de algumas quedas. A começar pelas de Marc Márquez, que logo na primeira corrida, em Jerez, tombou nos treinos e depois na corrida, fraturando o úmero direito e perdendo toda a época e provavelmente o início da próxima. Depois, na Áustria, Johann Zarco fez uma manobra arriscada, caindo juntamente com Franco Morbidelli, fazendo a Yamaha deste voar e quase acertar em Valentino Rossi e Maverick Viñales. “É um louco”, acusou Rossi, confessando ter sofrido “o maior susto da vida”.
O francês da Avintia Ducati, que na próxima época será promovido à Pramac, depois de ter conseguido um pódio com uma moto de 2019, já foi várias vezes acusado de arriscar em demasia – foi ele que em 2019 lesionou Miguel Oliveira, na altura seu colega na
KTM – e a verdade é que vai na segunda época consecutiva como piloto que mais vezes caiu: 17 em 2019, 15 este ano.
Se Viñales protagonizou outro momento inesquecível, ao atirar-se da Yamaha a mais de 200 km/h, por ter ficado sem travões, a lista dos que mais foram ao chão também tem os rookies, Alex Márquez, Iker Lecuona e Brad Binder, em destaque. O primeiro, que já em Moto2 desistia muitas vezes, provou ter sido apressada a sua promoção à Honda oficial. E ser rookie não implica cair, como o provou Miguel Oliveira há um ano: só nove quedas, algumas a empurrão, tal como as desta época!