O Jogo

“Seremos candidatos quando for bom para nós”

RÚBEN AMORIM Técnico mantém abordagem cautelosa na corrida pela Liga, blindando a equipa face à pressão de ir na frente. “Não ganhamos a jogar mal”, avisou quanto ao relaxe

- FREDERICO BÁRTOLO

Jovane, Nuno Mendes, e Plata

ficaram em Lisboa

Contra o Famalicão, o timoneiro verde e branco quer manter a invencibil­idade até ao Natal... e Páscoa. Está tão contente com o meio-campo que diz que não caberia nele se ainda jogasse futebol

●●● Invicto, líder e na crista da onda. O Sporting vai a Famalicão sabendo que de lá sai líder independen­temente do que aconteça, pelos quatro pontos a mais do que Braga e Benfica. No entanto, Amorim quer manter a força para, no futuro, poder dizer que este leão é mesmo candidato ao título.

O Famalicão é décimo e só tem duas vitórias, mas foi a sensação o ano passado. Espera dificuldad­es?

—Eles são vítimas do sucesso deles, tanto o clube como o treinador. Fizeram uma grande equipa no ano passado com gente jovem. Este ano ainda sãomaisjov­ens, estãorefer­enciados por nós. É algo que faz parte do projeto do Famalicão. Não deixa de ser uma excelente equipa, que está no início, com um excelente treinador, que acabou de renovar contrato. Têm talento e vão jogar contra o líder tendo pouca responsabi­lidade. Não podemos dar-lhes muita liberdade e acreditamo­s que vai ser um jogo perigoso e cada vez mais as equipas olham para nós de outro modo. Não podemos relaxar para ganhar jogos, não ganhamos a jogar mal: aconteceu uma ou duas vezes, mas temos de jogar muito bem para ganhar os jogos.

Já assume que o Sporting é candidato ao título?

—O nosso objetivo mínimo é vencer todos os jogos. Direi que somos candidatos ao título quando for bom para a equipa. Só quando for o melhor para a equipa direi se somos candidatos ou não.

Sente que o plantel dá garantias de maturidade?

—Estive em plantéis com um nível de maturidade diferente. O que falta para ser campeão é chegar à ultima jornada com vantagem de pontos e ganhar o último jogo.

O que diz a quem já graceja com o facto de o Sporting poder chegar ao Natal [se ganhar contra o Famalicão] como líder?

—Só quero estar na próxima jornada na frente. Se ganharmos, ficamos mais duas semanas na liderança. Ainda assim, este ano parece que nem há Natal. O nosso foco é vencer todos os jogos até lá...depois até à Páscoa e seguirmos assim até ao próximo momento religioso [risos].

Nuno Mendes parece ter estado uns furos abaixo nos últimos tempos.

—O cresciment­o do Nuno foi muito rápido. Fez grandes exibições, depois surgiu um ou outro jogo menos conseguido, também pela fasquia que ele colocou nas suas exibições, mas vamos sentir isso durante a época porque muitos atletas são jovens. Jogar no Sporting não é fácil e então com 18 anos... Enquanto equipa técnica temos de aprender com miúdos que são juniores. E às vezes esquecemo-nos disso. Está nas mãos de todos provarem que podem ser solução, como é o caso do Bragança, do Tiago Tomás e do Quaresma.

Ainda assim, o lateral tem despertado a atenção de grandes europeus. Tem medo de perdê-lo?

—Isso é da responsabi­lidade da estrutura, mas não tenho medo de nada: todos os miúdos estão blindados e estou tranquilo. Quem quiser os jogadoresd­o Sporting terá de pagar muito dinheiro.

Concorda com quem diz que João Mário e Palhinha são a melhor dupla de médios na nossa Liga?

—São a melhor dupla juntamente como Daniel Bragança e o Matheus Nunes. Temos as duas melhores duplas de meio-campo do campeonato. Se eu jogava nesta equipa? Comigo como treinador não jogava... nem estava no plantel [risos].

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