O Jogo

“Uma coisa é organizaçã­o defensiva, outra é anti-jogo”

SÉRGIO CONCEIÇÃO atira-se aos “fala-barato” e garante nunca ter criticado quem defende com dez

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

“Marega e Taremi são compatívei­s, claro que sim”

Corona foi convocado, mas não deverá ser titular

Evanilson e Taremi discutem vaga no ataque

Conceição vinca que não fez anti-jogo com o City e considera que interpreta­r mal o que diz é um passatempo, após uma resposta sobre o o aborrecime­nto de Guardiola com a estratégia defensiva dos dragões

Da compatibil­idade de Marega e Taremi ao desempeno das equipas lusas nas provas europeias, Sérgio Conceição não fugiu a nenhuma questão antes do jogo com o Tondela e dedicou uma parte do tempo a explicar que não se deve interpreta­r as críticas que faz ao anti-jogo como reparos à postura defensiva dos adversário­s.

Que jogo espera com o Tondela?

—É mais um jogo de campeonato, no qual teremos de ser uma equipa forte para ganhar. É verdade que o Tondela não fez muitos golos, mas é das equipas, a par do FC Porto, que tem mais bolas nos ferros. Isso revela um pouco de falta de sorte e espero que assim continue neste jogo. Agora, vamos ter de trabalhar, ser uma equipa forte em todos os momentos dos jogo e interpretá-los bem, seja a atacar ou a defender, para ganharmos. O Tondela gosta de jogar, é uma equipa positiva, e teremos de ser uma boa equipa para ganhar.

A condição física dos atletas obriga-o a mexer no onze?

—Temos que olhar para o desgaste dos jogadores, mas essa gestão nunca é feita a pensar num ou noutro jogo. Olhamos para o momento dos jogadores e avaliamos a componente física, que é muito importante, mas também para a estratégia. Vemos o historial recente dos atletas e percebemos quem pode estar mais em risco, pelas diferentes manifestaç­ões que têm connosco e pelo que vamos analisando. O Luis [Díaz] era um jogador em risco no jogo com o Manchester City, como agora poderão estar outros.

Desmontar um Tondela com três centrais é um desafio interessan­te ou o FC Porto está mais preparado para isso?

—No ano passado também defrontámo­s equipas com linhas de cinco. Cada equipa tem a sua dinâmica e temos de nos preparar em função disso, até porque ela muda consoante as caracterís­ticas dos jogadores. Acho que vamos apanhar um Tondela com dois laterais ofensivos, mas vamos ver. Em Alvalade, por exemplo, jogou o Murillo, que é um ala, sobre a direita e amanhã [hoje] poderá jogar o Bebeto. Vamos ver. Conhecemos bem as individual­idades e a dinâmica coletiva do Tondela. Sabemos que o [Salvador] Agra não jogará, mas não deve mudar muito em relação à estrutura habitual.

Pako Ayestarán disse que existirão momentos em que defenderá com todos. Que estratégia tem para garantir os três pontos, visto que tem um orçamento muito superior?

—[risos] Parece que um dos passatempo­s que dá mais prazer às pessoas é interpreta­r mal as palavras do Sérgio Conceição. Quando me perguntam se prefiro ganhar por 4-3 ou 1-0, o que respondo? Por 1-0, porque privilegio sempre sempre uma boa organizaçã­o defensiva. Essa é a base para seSeé aí que quer chegar, vou dar um exemplo: o Manchester City tem uma média de seis faltas por jogo na Premier League e contra nós fez 13 ou 14; mais do dobro. Já estive em equipas mais pequenas que defrontara­m outras com orça-

SÉRGIO CONCEIÇÃO

“Um dos passatempo­s que dá mais prazer às pessoas é interpreta­r mal as palavras do Sérgio Conceição”

“Nunca critiquei um colega meu por jogar com dez homens atrás da linha da bola em cima da área”

“Se Marega e Taremi estiverem bem e em forma, são compatívei­s”

“Os fala-barato, que comentam e escrevem sobre orçamentos... (...)Vejam, leiam, para depois não falarem ou não dizerem barbaridad­es”

“Quem vê alguns programas fica com a ideia que o futebol português e os seus protagonis­tas são uma desgraça? É verdade. Tem razão”

mentos 10, 15, 20 ou 30 vezes maiores e sempre privilegie­i muito a organizaçã­o defensiva. Isso não quer dizer que provoque o tal anti-jogo. Isso é diferente. Nunca critiquei um colega meu por jogar com dez jogadores atrás da linha da bola em cima da área. Se alguém arranjar uma declaração minha a criticar um treinador por isso, dou um milhão de euros. Podem procurar à vontade. Mas depois, os fala-barato, que comentam e escrevem sobre este desporto fantástico queéo futebol, vêm com artigos sobre orçamentos, ou que critiquei o Marítimo, o Belenenses ou o Aves. Nunca foi pela estratégia mais ou menos defensiva. Vejam, leiam, para depois não falarem ou não dizerem barbaridad­es. A forma como falei no final do jogo [com o Manchester City] foi em resposta a alguém que criticou a estratégia, que não foi de anti-jogo, de certeza absoluta. Aproveito para dar os parabéns às equipas que passaram a fase de grupos da Liga Europa, assim como nós também devemos de estar por passarmos a fase de grupos da Liga dos Campeões, porque é um bom sinal para Portugal.

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