O Jogo

“Ganha quem controlar melhor as emoções”

- Paulo Santos Treinador de guarda-redes da Belenenses SAD

1 Sendo um jogo entre Braga e Benfica a eliminar e consideran­do a experiênci­a de Carlos Carvalhal e de Jorge Jesus, qual é a equipa que vê partir em vantagem nesta meia-final da Taça da Liga?

—Carlos Carvalhal e Jorge Jesus são dois grandes treinadore­s, com provas dadas ao longo da carreira, ambos já com passagens pelo estrangeir­o e este será um jogo de 50/50. Será diferente de um jogo de campeonato por ser a eliminar e, com esse fator na mesa, também tudo muda porque se passa a depender do controlo das emoções dos jogadores. Tanto no Braga como no Benfica há muita experiênci­a mas o conjunto que melhor souber controlar as suas emoções em campo e jogar como equipa é que vai ganhar o jogo. Por outro lado, são duas equipas com ambições, dado que já ganharam a prova e, desde há alguns anos, os seus confrontos têm sido muito equilibrad­os.

2 Do que conhece de ambos, em que mais se aproximam e distinguem Carlos Carvalhal e Jorge Jesus?

—Tanto um como o outro são exímios no trabalho de campo e nos seus métodos de treino. Do que conheço dos dois, são ambos meticuloso­s na análise dos detalhes e excelentes a ler os jogos. Carvalhal é mais tranquilo e isso pode ser benéfico mas dependerá sempre do tipo de grupo de trabalho que se tem. Se for um grupo com jogadores de egos muito fortes, por exemplo, podem não gostar de um treinador no banco aos berros mas isso não funciona da mesma forma com todos e ainda bem que é assim. No caso de Jesus, tem tido o sucesso que tem sendo como é e até acho que ultimament­e está muito calmo (risos). Ele é uma pessoa muito emotiva e penso que a falta de público poderá estar a influencia­r a sua postura habitual.

3 Apesar dos casos de covid que têm surgido ultimament­e, o Benfica pode aparecer mais motivado pelo empate e exibição no Dragão?

—Acredito, antes de tudo, que será um jogo atípico pela falta de público, o que tira parte da emoção que deveria ter. É como um ator estar num teatro a olhar para a plateia e não ter ninguém, isso afeta sempre pois somos humanos. Quanto ao jogo no Dragão foi diferente, por ser para o campeonato e onde se podia perder pontos e recuperá-los mais à frente. Aqui não, pois para quem perder, acabou a prova. O Benfica está a crescer exibiciona­lmente e os jogadores estão a ganhar confiança.

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