REDENÇÃO DE WEIGL JÁ SE NOTA
Henrique Araújo mostra-se a Jesus
Duplicou os minutos e jogos a titular na segunda metade da época \\ Alemão disparou nas
ações, duelos e passes
O médio transformou-se, está mais ligado à equipa e disparou nos números. Nos primeiros 21 encontros de 2020/21 tinha 57,4 ações, contra as 80,4 do período posterior. Os passes passaram de 40,6 para 61,7
Julian Weigl transformou-se às ordens de Jorge Jesus e passou de segunda linha aindiscutível.“Melhoreimuito o Weigl”, afirmou recentemente o técnico, classificando-o como “fundamental neste momento no Benfica”. E os números dão razão ao técnico, pois Weigl disparou os seus registos. Dividindo os 42 jogos realizados até agora pelo Benfica em 2020/21 como se de duas voltas se tratassem, a verdade é que Weigl dobrou quer os encontros como titular quer os minutos. Se na “primeira volta” tinha 16 partidas e apenas oito no onze inicial, na segunda metade destes 42 jogos contabiliza 16 como titular em 19 disputados. E no que diz respeito à utilização, o camisola 28, que somava apenas 729 minutos, passou para os 1531’, relegando a agora alternativa,Gabriel,parasegundo plano.
Depois de ter apontado a necessidade de o médio melhorar a sua intensidade e agressividade, Jesus trabalhou com o internacional alemão, que passou a estar muito mais em jogo. O futebolista de 25 anos é agora mais influente na equipa, quer a nível ofensivo quer defensivo. Com mais ações, mais duelos e mais passes, evidencia-se não só em termos absolutos nestes capítulos como em termos de eficácia.
Com uma média de 57,4 ações por partida na primeira metade da temporada, Weigl teve um aumento significativo nos segundos 21 jogos de 2020/21 já disputados, pois completou nesse período 80,4 ações por desafio – mais 23 do que na fase anterior –, com um aumento da eficácia também, pois ganhou 82,7 por cento das ações contra 76,9% anteriormente.
Com mais 3,5 duelos em
“As coordenadas posicionais estão mais perfeitas. Percebe melhor as missões”
Manuel Cajuda Treinador, a O JOGO
média do que na primeira metade de 2020/21 (13,7 contra 10,2), o camisola 28 apresenta mais duelos defensivos (6,3 para 4,5), aéreos (2,2 contra 1,8) e ofensivos (2,6 contra 2,2). E só mesmo nos duelos aéreos a eficácia baixou, pois Weigl ganhava 55,2 por cento deste tipo de situações e ganhou entretanto 53,7 por cento.
Manuel Cajuda reconhece o “crescimento” de Weigl, considerando que “as coordenadas posicionais” do camisola 28 “estão mais perfeitas”. “Está mais ligado coletivamente. O Benfica também já consegue ter mais jogadores no meio-campo e isso facilita a função dele”, refere a O JOGO, sublinhando: “Passou por um período de adaptação, porque também acontece quando se vem de um país maior, teve dois treinadores em pouco tempo e agora provavelmente percebe melhor as missões que tem no campo e na equipa.”
“Ele cresceu com a equipa e
a equipa cresceu com ele. O Benfica nos últimos jogos melhorou um pouco e isso faz parte do crescimento dele e dos colegas”, afirma na análise a Weigl, que disparou no capítulo dos passes. Muito mais solicitado pelos colegas (recebia apenas 27,6 por jogo e agora são 46,2), o internacional alemão participa mais no futebol das águias. Isto porque soma agora 61,7 passes por encontro, enquanto na primeira metade de 2020/21 fazia em média 40,6 entregas.