“Esta profissão obriga a abrir mão de muita coisa”
O pivô Felipe Leite chegou em agosto a Portugal para representar o Fundão. Com as lesões a serem um obstáculo esta época, o brasileiro encontrou apoio na estrutura do clube
À procura de oportunidades fora do Brasil, Felipe Leite viajou até ao Japão para conseguir vingar no futsal. Uma experiência que considerou “uma boa aprendizagem” antes de ingressar no Fundão
Aos 26 anos, o pivô Felipe Leite brasileiro conta com uma longa experiência na modalidade, ganha no seu país, no Japão e, mais recentemente, em Portugal. O brasileiro chegou em agosto para representar o Fundão, equipa-sensação da Liga Placard (terceiro lugar, com 52 pontos). Com o objetivo de conseguir jogar futsal fora do Brasil, o pivô teve a primeira experiência internacional no Japão, entre 2018 e 2020, pelo Vasagey Oita. Uma fase que Felipe Leite recordou com nostalgia. “Sempre quis conseguir destacar-me no Brasil para depois ter uma oportunidade fora. E a proposta do Japão foi precisamente o salto que eu queria. No inicio era tudo novo e foi difícil, sobretudo a língua, porque não sabia falar nada. Mas depois, com o tempo e a convivência, consegui aprender bastante. Recordo-me que quando saía com os meus amigos apontava as palavras que não conhecia num bloco de notas para estudar em casa”, contou o atleta brasileiro.
Pelos japoneses, na segunda temporada, Felipe Leite foi vice-campeão. Um momento que despertou o interesse do Fundão e que deixou o atleta muito satisfeito. Mas, afinal, o que ganhou com a passagem pelo Japão? Felipe Leite sublinhou o crescimento pessoal. “Eles prezam muito a postura e a educação. E eu ganhei muito com essa experiência, apesar de ter sentido muitas saudades de casa. Mas é mesmo assim, esta profissão obriga-nos a abrir mão de muita coisa”.
Na mudança para Portugal, Felipe Leite atravessou uma das fases mais complicadas da carreira, com várias lesões. Ainda assim, em 16 jogos realizados já soma oito golos. “Vinha com uma expectativa muito grande, mas as lesões têm sido complicadas. Já parei quatro vezes, duas no início e outras duas no decorrer do campeonato. Apesar de não terem sido muito graves, quebraram o meu ritmo competitivo. O apoio do clube foi essencial na minha recuperação, sempre me deram muita força”, confidenciou o pivô, tecendo elogios aos colegas. “Nós somos uma boa equipa e queremos dar continuidade ao que temos feito até ao momento”.
Relativamente ao futuro, o atleta mostrou-se ambicioso. “Espero conseguir conquistar um título no Fundão, a curto prazo, desejo continuar a jogar na Europa”, concluiu.
Apesar das lesões, Felipe Leite já fez oito golos em 16 jogos
“Recordome que quando saía com os meus amigos apontava as palavras que não conhecia num bloco de notas para estudar em casa”
“Vinha com uma expectativa grande, mas as lesões têm sido complicadas. Já parei quatro vezes”
Felipe Leite