OLHOS POSTOS EM MIGUEL OLIVEIRA
Agora líder da KTM, o piloto luso não se esconde e traça o título como meta para a nova época de MotoGP
Como em 2020, que teve nove vencedores diferentes, o Mundial que arranca com ronda dupla no Catar deve ser equilibrado, ainda que o hexacampeão Marc Márquez esteja de volta, talvez em Portugal
Mais de um ano depois, e percorrida uma temporada de 14 corridas apenas em solo europeu, a caravana do MotoGP está de volta ao Catar. Desta vez, as motos vão mesmo sair da garagem em Losail – em 2020, fizeram-se apenas as corridas de Moto2 e Moto3 antes de ser decretada uma interrupção que durou até julho – para o arranque do Mundial, que abre jornada dupla no país do Golfo Pérsico e com todos os intervenientes vacinados contra a covid-19.
Esta época, estão previstas 19 paragens, entre elas Portugal a 18 de abril, faltando marcar Argentina e EUA e havendo Indonésia como reserva. À semelhança do ano passado (nove vencedores de corrida diferentes), o equilíbrio deve ser para continuar, mesmo com o regresso do hexacampeão Marc Márquez (Honda), talvez a partir da etapa de Portimão. “Vai continuar a ser difícil antever um líder destacado em todas as corridas”, antecipou à Lusa o português Miguel Oliveira, que integra a metade do paddock com aspirações de título.
A iniciar a terceira época na classe rainha, agora na condição de líder da KTM depois de deixar a Tech3, o piloto de Almada assume que a fasquia subiu após cumprir o objetivo de acabar 2020 dentro do top-10: foi nono, a 33 pontos do segundo lugar de Franco
Morbidelli e até teve mais vitórias que o novo campeão mundial Joan Mir (Suzuki)... Depois do primeiro triunfo (GP da Estíria, na última curva), o do Algarve foi categórico, à Márquez, e confirmou todas as suas capacidades, quase num aviso aos rivais para 2021, em que quer sagrar-se campeão. “A preparação está feita, acreditamos no trabalho, a equipa é muito competente. Acredito que, juntos, vamos alcançar o resultado que merecemos e que ambicionamos”, estabeleceu.