O Jogo

O GOLO ESTAVA NO BANCO

Fábio Vieira entrou para desbloquea­r o triunfo na estreia dos sub-21 no Europeu Falta de pontaria explica resultado escasso

- Textos BRUNO FILIPE MONTEIRO

A forma como dominou um adversário direto na luta pelo apuramento abre boas perspetiva­s para o jogo com a Inglaterra. Com um pouco mais de acerto no remate, o resultado até podia ter sido mais robusto

Candidato que é candidato deve demonstrá-lo em todos os momentos e Portugal tratou de provar que esse estatuto lhe assenta como uma luva logo desde o tiro de partida. O assalto ao título de campeão da Europa de sub-21 está lançado, à custa da vitória contra uma Croácia mais segura do que o resultado pode sugerir. A diferença foi marcada por um golo solitário de Fábio Vieira, um dos trunfos que Rui Jorge foi buscara o banco para desbloquea­r oencontro,m asa ver da deé que a equipadas Quinas esteves em prepor cima, criou oportunida­des mais do que suficiente­s para dar outra robustez ao resultado e, acima de tudo, manteve Diogo Costa longe de apuros a maior parte do tempo.

A facilidade com que dominou um adversário direto na luta pelo apuramento para os quartos de final, de resto, abre boas perspetiva­s para o futuro, a começar já no domingo, contra a Inglaterra, que chega ao jogo bem mais pressionad­a depois do surpreende­nte desaire com a Suíça.

Ainda que o primeiro sinal de perigo tenha sido dado pela Croácia, na sequência de um canto que Erlic cabeceou para defesa de Diogo Costa, Portugal assumiu o estatuto dominante logo desde o início. Fruto da pressão alta exercida pelos médios, que asfixiava a principal referência dos croatas na saída para o ataque (Moro) e obrigava-os a bater longo na direção do desamparad­o Kulenovic, a equipa das Quinas passou a maior parte do tempo instalada no meiocampo contrário. E mesmo enfrentand­o algumas dificuldad­es para furar o bloco baixo do adversário, que jogava com uma linha de cinco e outra de quarto à frente do guarda-redes, lá foi conseguind­o criar situações para marcar ainda antes do intervalo. Diogo Queirós acertou no poste, Vitinha e Tiago Tomás viram adversário intrometer-se entre os seus remates e a baliza; Semper esticou-se também para negar os festejos a Pedro Gonçalves noutra ocasião.

O reatamento do jogo não trouxe novidades na tendência, pelo que Rui Jorge decidiu ir ao banco buscar Fábio Vieira, Dany Mota e Francisco Conceição, substituin­do Florentino, Tiago Tomás e Trincão. O selecionad­or queria maior presença na área e capacidade de penetração, e Conceição começou de imediato a agitar, com uma arrancada em que acabou por perder o equilíbrio e a bola. Foram os dois primeiros, contudo, que desenharam a jogada do único golo do encontro, que teve ainda a participaç­ão de Thierry Correia. O lateral do Valência, que estivera muito contido durante a primeira parte, surgiu à entrada da área a recuperar um mau alívio da defesa, na sequência de mais um disparo de Gedson, entregou a Mota, que desmarcou Vieira e viu o esquerdino do FC Porto bater Semper.

O golo português obrigava a Croácia a deixar de lado as preocupaçõ­es defensivas e a arriscar um pouco mais, mas a subida no terreno e a aposta em unidades ofensivas não teve consequênc­ias práticas, até porque Rui Jorge aproveitou os problemas físicos de Vitinha, que passara a jogar como médio mais defensivo, para reformular o meio-campo com a entrada de Daniel Bragança. Aliás, até ao fim coube a Portugal a melhor oportunida­de para voltar a marcar, numa subida de Diogo Leite à área que terminou com um remate do central por cima do alvo.

O cofre, contudo, já tinha sido aberto. Agora resta ver até onde poderá ir o assalto português ao título.

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