O Jogo

Pepa quer agarrar Europa

O treinador acredita “cegamente” que a sua equipa fará história hoje, na Pedreira, ao garantir o “sonho europeu” na casa de um Braga difícil

- CRISTINA AGUIAR

Faltam apenas três pontos nas contas da corrida aos lugares da Liga Europa e que Pepa sente que serão alcançávei­s na Pedreira, um “palco extremamen­te difícil de pontuar”. Há muita vontade para isso

Pepa está “com uma confiança tremenda” de que o dia de hoje será histórico para o Paços de Ferreira, ao garantir o lugar para “as competiçõe­s europeias”. O sonho europeu “virou objetivo” e está “a uma uma vitória de o conseguir. Não há nada melhor do que depender de nós e não queremos mais estar à espera, sabendo que vamos encontrar uma equipa muito difícil”, admitiu o treinador, perspetiva­ndo um “jogo interessan­te”, frente a um Braga “com uma dinâmica ofensiva mais difícil de anular”.

Não faltam motivos estimulant­es para esta jornada e notou-se em Pepa a vontade em “não largar o osso”. Uma metáfora que utilizou para ilustrar a determinaç­ão que transferiu para a sua equipa, numa época em que “todos sairão valorizado­s”. O desafio de hoje, na Pedreira, um

“palco extremamen­te difícil para pontuar”, poderá tornar-se numa efeméride com vários nomes associados. O de Pepa e também o dos jogadores obreiros de uma época sensaciona­l, que só três treinadore­s antes haviam conseguido ao serviço de um clube modesto. Primeiro

Pepa

José Mota, com um sexto lugar em 2006/07, depois Paulo Sérgio, como finalista da Taça de Portugal (2006/07) e Paulo Fonseca que carimbou um inédito terceiro lugar em 2012/13, que deu acesso ao play-off da Liga dos Campeões. A galeria de feitos históricos está quase a ser enriquecid­a com mais um carimbo europeu, que tão bem faz à autoestima de uma terra já ilustre no ramo do mobiliário.

A visita a Braga acontece num momento crítico para as duas equipas. A de Carlos Carvalhal com duas derrotas seguidas e com dificuldad­es na finalizaçã­o e a de Pepa a tentar reerguer-se de uma sequência menos feliz, após o triunfo sobre o Belenenses. “Não vejo facilidade­s nenhumas, vejo o contrário”, avisa e concretiza: “É uma equipa fortíssima, onde se nota o cunho pessoal do Carlos Carvalhal, que deu qualidade incrível a um grupo de trabalho que está junto há muito tempo, o que quase dá para jogarem de olhos fechados. Será o jogo do gato e do rato”, apontou, prevendo “um desafio tremendo” na Pedreira. “Temos de estar bem fisicament­e. O jogo requer muita inteligênc­ia, concentraç­ão e desgaste emocional. Devemos ter capacidade para ter a bola e perceber os caminhos para chegar à baliza. Acredito que vamos conseguir vencer, mas teremos de ser um super Paços”, destacou Pepa, voltando à temática do momento: “Temos todos a ganhar e queremos ficar na história do clube. É difícil ao cão largar o osso que agarrou e nós, se quiserem, agarramos o osso e não o queremos mais largar.” Pepa acredita “cegamente” que hoje será o tal dia de uma festa anunciada.

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