O Jogo

Uma geração que ajudou na evolução

- Rita Perestrelo

Recentemen­te, Edite Fernandes, Sílvia Brunheira e Paula Cristina anunciaram a retirada do futebol. São nomes que marcam uma geração e que começaram a jogar futebol numa altura em que tudo era muito diferente. Havia pouca visibilida­de e muito mais preconceit­o, mas elas nunca desistiram da paixão de jogar futebol e são, sem dúvida, um marco numa geração que, no meio de tantas dificuldad­es, produziu grandes jogadoras. Atletas como elas contribuír­am muito para a evolução do futebol feminino em Portugal. Isto porque a qualidade traz interesse por parte dos adeptos, o que, por sua vez, desperta a atenção de possíveis investidor­es. Foi necessária muita resiliênci­a para o futebol feminino ter, hoje, algum reconhecim­ento. Se calhar não tem ainda tanto como gostaríamo­s, mas as coisas estão, sem dúvida, melhores do que nessa altura. Cabe aos clubes continuare­m a levar o futebol feminino para a frente, e claro que para isso os apoios também são muito importante­s. No entanto, ainda há um longo caminho pela frente. A visibilida­de do futebol feminino é agora incomparav­elmente maior do que há uns anos. A entrada de clubes de renome colocou muitos olhos sobre a Liga BPI mas, infelizmen­te, o fosso para a II e III divisão ainda é grande. Relativame­nte à Liga BPI, nesta fase, já não há grandes dúvidas de que o título estará entre o Benfica e Sporting. Ainda assim, esta época demonstrou que há mais equipas com qualidade e que poderão apimentar a luta pelo título já na próxima época. *Jogadora do AD Grijó

Havia pouca visibilida­de e muito preconceit­o, mas não desistiram

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