CAVANI FOI DIABO
Vinda de uma derrota por 6-2 em Manchester, a Roma, mesmo dizimada por lesões, foi buscar o fato de gala ao armário e mostrou que a crença de Paulo Fonseca num “milagre” estava certa. A vitória por 3-2 representa um ponto final digno da caminhada europeia dos giallorrossi, que não resistiu a um diabo chamado Cavani: grande responsável, ao lado de De Gea, pelo apuramento do United para a final com o Villarreal, a oitava da sua história nas provas europeias.
Desde o primeiro minuto, a Roma atirou-se na direção da baliza dos ingleses e, logo no segundo minuto, viu De Gea negar o golo primeiro a Mancini e, depois, a Cristante. De pé no acelerador, a equipa da capital italiana continuou a carregar, mas as luvas do espanhol continuam a atrair os remates dos comandados de Paulo Fonseca. Demonstrando a eficácia que faltou aos anfitriões, Cavani inaugurou o marcador no seu segundo remate – o primeiro acertou na barra – e toda a equipa do United relaxou à sombra de uma vantagem aparentemente segura de 7-2.
Puxando do orgulho no último grande jogo de uma época para esquecer, a Roma continuou a rondar a área adversária e, no início da segunda parte, Dzeko e Cristante, no espaço de três minutos, deram a volta ao marcador. Galvanizada pela vantagem, a equipa de Paulo Fonseca criou mais duas oportunidades de rajada, aos 61’ e 62’, mas De Gea negou golos a Mkhitaryan e Dzeko com defesas fantásticas. Contudo, o destino pregou uma partida à Roma e, de um possível 4-1, o resultado passou para 2-2 graças a novo bis de Cavani, após cruzamento de Bruno Fernandes. O internacional uruguaio chegou aos 16 golos nos últimos 16 jogos na Liga Europa e tornou-se o primeiro a bisar em ambos os jogos de uma meia-final europeia após Klaus Allofs, em 1985/1986.
O golo da inglória vitória giallorrossi acabou por chegar aos 83’ por Zalewski já depois de Mkhitaryan ter acertado no poste, aos 73’. Tarde demais para o milagre.