Champions causa buraco de 40 M€
As receitas da UEFA só renderam 9,6 M€ no último semestre de 2020. Rúben já rendeu mais 3,6 M€
A não entrada da equipa do Benfica nos grupos da última edição da Champions teve um “custo” de 38,4 milhões de euros nas contas da SAD em comparação com os resultados de dezembro de 2019. No prospecto de lançamento do novo empréstimo obrigacionista, que arranca amanhã, é discriminado que até ao fim de 2019 as receitas da UEFA foram de cerca de 48 milhões de euros enquanto que, em igual semestre do ano passado, se ficaram pelos 9,6 M€ devido à ida à Liga Europa.
A eliminação frente ao PAOK, numa terceira pré-eliminatória apenas a uma mão devido às condicionantes da pandemia, causou mossa nas contas da SAD do Benfica e que ainda tem efeitos para 2021/22, onde a prioridade é vender excedentários. Entre os números tornados públicos antes da operação de uma Oferta Pública de Subscrição no valor de 35 M€, destaque para um resultado positivo de 8,2 M€, bem abaixo dos 104,2 M€ da época onde João Félix foi transferido. Os ativos aumentaram para 594,4 M€ (mais 22%) mas também o passivo para 425 M€ (mais 30,4%). O documento confirma que Rúben Dias rendeu 68 M€ mas que já estão assegurados os 3,6 M€ extra pelo desempenho do Manchester City.
Fica ainda assegurado que o Benfica “cumpre os indicadores do fair-play” da UEFA e que já recebeu 283,5 M€ dos 400 M€ do acordo com a NOS pelos direitos televisivos das águias. Já a ação de Jorge Mattamouros contra Luís Filipe Vieira, também tem uma resposta oficial, a desvalorizar a mesma: “A SAD entende serem incorrectos e inexatos os pressupostos factuais com base nos quais o autor constrói a ação judicial, razão pela qual não antevê que da referida ação venha a resultar qualquer condenação para o SL Benfica ou para o presidente do clube.” Em dezembro do ano passado, o Benfica tinha 245207 sócios.