O Jogo

FPF decide em AG título de Coroado

APAF e AF Évora querem perda do estatuto de sócio de mérito, mas ex-árbitro recorda incidente grave de proponente

- CLÁUDIA OLIVEIRA

Em causa está uma apreciação no Tribunal de O JOGO, sobre o lance entre Luis Díaz e David Carmo, no Braga-FC Porto. AF Évora subscreve, apesar de relevar ofensas de um dos seus membros

Na ordem de trabalhos da Assembleia Geral da FPF de amanhã está a apreciação de uma proposta da APAF, Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, e da Associação de Futebol de Évora para retirar a distinção de sócio de mérito a Jorge Coroado. A proposta é apoiada pelo Conselho de Arbitragem da FPF.

Em causa está a apreciação que o ex-árbitro fez ao trabalho de Luís Godinho, no Braga-FC Porto da época passada, nomeadamen­te no juízo ao lance entre David Carmo e Luis Díaz, resultando na expulsão deste último. “Hélder Malheiro foi para a jarra depois do Bessa. Para este o sítio adequado é a ETAR”, escreveu, no Tribunal de O JOGO. O comentário já tinha, inclusive, valido uma queixa na ERC, que foi arquivada.

Jorge Coroado entende que exerceu o seu direito de opinião, atendendo ao lance em questão e não à personalid­ade do árbitro. “A FPF, quando me atribuiu o título de sócio de mérito, fê-lo em atenção à forma como, ao longo de 25

Jorge Coroado defende direito à opinião livre anos, estive na arbitragem e a respeitei, interna e externamen­te. Não o pedi, nem esperava. Também não creio que a generalida­de do povo português soubesse dessa atribuição. Orgulho-me da minha carreira de árbitro, coisa que poucos podem dizer, e sei que as atitudes ficam com quem as pratica. Neste caso em concreto, revela-se falta de cultura e incapacida­de de respeito pelo direito de opinião”, disse o ex-árbitro e colunista de O

JOGO.

No artigo de opinião que hoje publica (ver página 26), Jorge Coroado lembra ainda que a AF Évora tem nos seus corpos sociais um elemento, Carlos Cabo (agora 1.º suplente, em 2019 era vice), que em 2019 usou a rede social Facebook para insultar o árbitro Hélder Malheiro, sem consequênc­ias.

O JOGO contactou Luciano Gonçalves, presidente da APAF, que não quis comentar o assunto.

“A FPF atribuiu-me o título de sócio de mérito em atenção à forma como, ao longo de 25 anos, estive na arbitragem”

“Orgulhome da minha carreira de árbitro, coisa que poucos podem dizer”

“Este caso revela falta de cultura e incapacida­de de respeito pelo direito de opinião”

Jorge Coroado

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